Por Equipo de Redacción
Publicado em 9 de setembro de 2021
A economia linear, na qual ciclo produtivo se resume a “extrair-produzir-desperdiçar”, levou nossa civilização à escassez de recursos, à produção descontrolada de gases do efeito estufa (GEEs) e à poluição dos ecossistemas. Uma forma de reverter essas questões de extrema relevância para o planeta é aproveitar ao máximo os materiais que já foram extraídos e que estão em circulação na cadeia produtiva. Assim, a valorização de resíduos se impõe como um caminho fundamental para empresas verdadeiramente empenhadas em melhorar seus indicadores de ESG.
Da mesma forma que os recursos naturais, o espaço para depositar resíduos de forma segura tanto para o meio ambiente quanto para a saúde das pessoas também é limitado. Por isso é tão importante substituir o caminho linear por uma economia circular e, assim, por meio de processos físico-mecânicos, químicos, térmicos e biológicos, converter o resíduo em recurso material ou energético.
A mudança no ciclo de utilização e descarte de materiais é um importante mecanismo para minimizar os resíduos destinados de maneira inadequada a aterros sanitários e lixões. Ao mesmo tempo, contribui para maximizar a recuperação dos materiais empregados, por meio da reutilização e melhor aproveitamento deles.
Como poucas iniciativas, a valorização de resíduos é um processo que responde a critérios nos três pilares do ESG – ambiental, social e de governança. Neste artigo, a Ambipar explica de que forma a valorização de resíduos pode beneficiar as empresas e até mesmo aumentar sua lucratividade. Confira!
Ao serem manejados de modo a potencializar seu uso, os resíduos adquirem valor comercial e podem ser reaproveitados ou reciclados em forma de novas matérias-primas ou novos insumos. Muitos resíduos, depois de serem devidamente separados e tratados, podem ser utilizados para fabricação de novos produtos, diminuindo a necessidade de se extrair matéria virgem do ambiente.
O exemplo mais popular dos reaproveitáveis são os plásticos, papéis, metais e vidros, mas uma infinidade de outros materiais pode ser reincorporada à cadeia produtiva das indústrias. Isto ajuda a reduzir não apenas a extração de recursos naturais, mas também o consumo hídrico e energético da produção.
O processo de valorização agronômica desenvolvido pela Ambipar, por exemplo, transforma os resíduos orgânicos das empresas parceiras condicionadores de solo bioestabilizados, sendo inclusive certificados como insumo para a agricultura orgânica. Além de viabilizar o uso de matéria orgânica, esses produtos potencializam a produção por área agricultável, otimizando o uso do solo.
Na mesma linha do que foi exposto no item anterior, a reintrodução dos resíduos na cadeia produtiva reduz as emissões que seriam decorrentes processo de descarte desses materiais, da extração de matéria-prima da natureza e, consequentemente, do processo de fabricação de novos produtos.
No caso de materiais orgânicos, como restos de alimentos, podas de árvores, entre outros, ao serem destinados à compostagem e retornarem como adubo orgânico utilizado pela agricultura, deixam de emitir GEEs de sua decomposição descontrolada em aterros e lixões.
É necessário aprender a explorar todo o potencial de riqueza ainda disponível nos resíduos das diversas indústrias. Quando os resíduos voltam a ser introduzidos na cadeia produtiva, deixam de ser descartados, prolongando o uso dos materiais e deixando de ocupar espaço em aterros sanitários. Dessa forma, as usinas de valorização de resíduos ajudam a ampliar a vida útil dos aterros sanitários, diminuindo a necessidade de ampliação de áreas destinadas a este fim.
A valorização de resíduos pode não apenas economizar o consumo energético, como gerar energia. A economia ocorre ao suprimir a logística de armazenamento e descarte dos resíduos e também no processamento de novos materiais. Por outro lado, também é possível gerar energia a partir do potencial calorífico dos resíduos e dos biogases gerados por matéria orgânica.
A economia circular e a valorização de resíduos geram oportunidades para o desenvolvimento de novas funções e mercados. De modo mais imediato, as usinas ou setores industriais de separação e tratamento de materiais beneficiam a população ao criar condições de emprego e geração de renda.
Mas também é possível pensar no desenvolvimento do mercado de equipamentos e operação de maquinaria voltada ao processo de reaproveitamento de resíduos, bem como a ampliação de empresas que investem na fabricação de novos produtos sustentáveis. Tudo isso gera espaço para novos postos de trabalho.
Consenso atual, a produção de resíduos provoca impactos ambientais e na vida das pessoas na saúde, assim como a extração de recursos naturais para a produção de bens de consumo já ultrapassa a capacidade de regeneração e oferta dos ambientes naturais. Por isso, saber analisar o ciclo de vida e uso de materiais e produtos é crucial para definir estratégias de valorização de resíduos.
Com mais de 25 anos de expertise em diversas frentes de gestão ambiental, a Ambipar desenvolve projetos e soluções de valorização de resíduos mais adequados à realidade das empresas. Com tecnologia, visão inovadora e de compliance, a empresa auxilia parceiros de diversas indústrias a alcançarem seu maior potencial de aproveitamento dos resíduos, tornando a cadeia produtiva cada vez mais limpa e auto-sustentável.