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Foram ao todo 104 projetos inscritos, vindos de 71 instituições, de 49 cidades e 17 estados diferentes

Equipe redação

Por Equipo de Redacción
Publicado em 26 de agosto de 2021

No segundo ano em que a população mundial continua enfrentando o Covid-19, a ciência foi a grande protagonista, deste cenário. Foi visto, mais do que nunca, a importância da área e de que com os incentivos certos, grandes soluções são criadas para a eficácia na contenção de crises sanitárias, como a atual. Foi pensando nisso, que o 1º PIEC (Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico) foi criado em 2020, a fim de transformar a base educacional brasileira, indicando jovens à ciência. 

“Já era sabido que a ciência é a base para preservação da vida, porém, foi quando o mundo de fato parou, que foi visto como é importante o investimento na área. O 1ºPIEC quer mostrar que há muitos futuros cientistas no Brasil e precisamos mostrá-los ao mundo. Sempre fui ligado com sustentabilidade e economia circular, agora, quero ver o que as futuras gerações podem nos apresentar de novo”, diz Gabriel Estevam Domingos, idealizador do projeto e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Ambipar.  

O 1º PIEC enfatiza a valorização de produtos sustentáveis, fugindo do tradicional, que costuma ser sobre assuntos tecnológicos. A ciência tem um portfólio muito maior do que aparenta, uma vez que, são esses profissionais, os responsáveis pelo diagnóstico e solução de problemas. As inscrições foram abertas, em novembro de 2020, sendo permitido a professores, estudantes e Instituições de ensino, se inscreverem em várias áreas científicas, como: química, física, matemática, biociência, robótica/mecatrônica, botânica, agrícola e florestal. 

Categorias da premiação – As categorias não foram definidas por faixas etárias, mas sim por critérios que visam valorizar a sustentabilidade em características pontuais dos projetos sem ignorar sua fase de maturação. São elas:  

  • Futuro Brilhante: grupo que propõe o pensamento daquilo que é importante para o futuro, ou seja, a produção de itens cuja necessidade supere o impacto produtivo e projetos que geram o mínimo de resíduos possível, dando força ao conceito da economia circular. 
  • Nova Realidade: focado em projetos como a aplicabilidade, viabilidade econômica e resistência/durabilidade do projeto e dos componentes utilizados. Essa divisão foi feita para pescar projetos mais maduros voltados ao empreendedorismo aplicável.  
  • Consciência circular: é o prêmio destaque, trata do assunto do qual o idealizador é especialista e possui mais de uma dezena de patentes, a economia circular. 
  • Mestre inspirador: reconhece aquele profissional da educação que teve participação mais decisiva na elaboração do projeto de seus estudantes.  
  • Pomar Científico: onde valoriza as instituições de ensino que mais promovem e incentivam seus estudantes na prática científica. 

Além das cinco categorias técnicas, há outras cinco institucionais, feitas para confirmar influências indiretas positivas para o ambiente científico nacional, destinadas aos patrocinadores e apoiadores, como o Grupo Ambipar.  

Há também o Prêmio aos jornalistas que valoriza a dedicação de profissionais da imprensa e outros formadores de opinião na divulgação científica e na defesa das boas práticas ambientais, que nesta edição homenageou, André Trigueiro. 

Projeto alcança o Brasil – Foram ao todo 104 projetos inscritos, vindos de 71 instituições, de 49 cidades e 17 estados diferentes. Apesar de São Paulo ter sido o estado com maior número de inscritos (17), foi o Nordeste, a região com maior número de inscrições (41). Um ponto importante é a quantidade de inscrições vindas do interior dos estados, superando as capitais. Foram 56 candidatos, sendo 43 destes, em zonas rurais, enquanto nas capitais foram 48. 

A maior parte dos estudantes é de escolas públicas, cerca de 58%. As meninas são a maioria, com 56% de inscritas, enquanto aos meninos foram 44%. Em questão de escolaridade, a maior parte é do ensino médio, com 51%, e a matéria que esteve mais presente foi química com 43% dos projetos.  

Ao todo, apenas 30 projetos foram para a final, de três categorias: Futuro Brilhante, Nova Realidade e Consciência Circular. Foram feitos oito critérios de avaliação e cada um com até 3 pesos diferentes. 

Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico - Ambipar
Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico – Ambipar

Premiação – O PIEC distribuiu mais de 70 mil em premiações, que vão de certificados e troféus, até valores em espécie para estudantes e professores, além de equipamentos para a instituição de ensino público do ano. 

Classificação: 

  • 5° Lugar: Vespertilio 01 – Robô semeador para agricultura familiar  – Estudante: Ud Madeiro Pereira  – Local: Cascavel – CE  – Projeto: voltado às práticas da agricultura familiar. 
  • 4° Lugar: Filme plástico biodegradável produzido através da biossíntese de celulose bacteriana a partir de resíduos agroindustriais  – Estudante: Giovana Bachmann da Silva – Local: Horizontina RS – Projeto: criação de filme plástico biodegradável, que possa substituir, principalmente, as películas plásticas sintéticas. 
  • 3° Lugar: Avaliação do efeito do biofilme comestível associado ou não a refrigeração na conservação de vegetais de consumo in natura-fase II  – Estudante: Gabrieli Monique Campos  – Local: Toledo PR – Projeto: filme plástico biodegradável desenvolvido para observar a eficácia do uso dessas películas na conservação de alimentos perecíveis. 
  • 2° Lugar: BioStrech: Desenvolvimento de plástico biodegradável utilizando resíduos industriais  – Estudante: Laura Nedel Drebes – Local: Osório RS – Projeto: película de biopolímero/bioplástico/plástico biodegradável, utilizando descartes industriais, com foco em resolver o problema do descarte e amenizar a necessidade de uso de recursos naturais para produção de elementos como embalagens. 
  • 1° Lugar: O desafio de combater a poluição causada pelo plástico com a produção de canudos biosustentáveis – Estudantes: Antônio Sousa, Antônio do Carmo e Kaic de Araújo – Local: Carnaubau – CE – Projeto: utiliza a flor de cana, um subproduto das plantações, na produção de canudos biosustentáveis. 
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