Ambipar leva moda dos ‘naming rights’ ao social com a Ambição 2030 do Pacto Global

A Ambipar, empresa brasileira de gestão ambiental que tem Gisele Bündchen como acionista e surfa a onda ESG na Bolsa, está levando a lógica dos “naming rights” para a esfera social.

Nos próximos dois anos, a empresa exibirá sua marca ao lado da logo da Ambição 2030, estratégia do Pacto Global da ONU no país.

— Estamos observando muito o fenômeno dos “naming rights” em espaços culturais e clubes de futebol, mas não associado a projetos de impacto social. Com o Pacto Global, criamos um mecanismo semelhante para associar nossa marca e valores à estratégia do Pacto — relata à coluna Rafael Tello, diretor de sustentabilidade da Ambipar, diretamente de Dubai, onde ocorre a COP 28.

A partir de agora, o nome da Ambipar aparecerá como “incentivadora” ao lado da Ambição 2030 do Pacto Global. A Ambipar, que já era embaixadora do movimento, não informa quanto pagará pela associação da marca. Segundo o executivo, a expectativa da Ambipar é que a tendência seja adotada pela sociedade civil organizada.

— Por que consideramos natural uma seguradora ter seu nome em uma arena esportiva e não vemos empresas trazendo recursos para a sociedade civil por meio desse mecanismo? — questiona.

A Ambição 2030 é uma estratégia lançada pelo Pacto Global da ONU no Brasil em abril de 2022.

Ela é composta por dez movimentos, como o Ambição Net Zero, o Elas Lideram 2030, o Raça é Prioridade e o Salário Digno. Segundo a Ambipar, 261 empresas já aderiram aos movimentos e assumiram 458 compromissos.

Lançado há 23 anos, o Pacto Global da ONU é uma iniciativa de sustentabilidade corporativa lançada pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. No Brasil, ele reúne mais de 1,9 mil membros. Ele é um dos principais promotores da chamada Agenda 2030, formada pelos 17 ODS.

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