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E&P Brasil por Nayara Machado - 11/11/2022

Equipe redação

Por Equipe de Redação
Publicado em 11 de novembro de 2022

Plenária sobre Fechamento do Estoque Global na COP27, nesta sexta (Foto: Kiara Worth/UNFCCC)

Emissões de CO2 em 2022 atingem quase recorde; orçamento restante para limite de 1,5ºC fica em 380 GtCO2.

Relatório do Global Carbon Project (GCP) mostra que as emissões de CO2 em 2022 atingiram níveis quase recorde, colocando o orçamento de carbono restante para limitar a temperatura global a 1,5ºC em 380 bilhões de toneladas de CO2 (GtCO2).

O orçamento de carbono é a quantidade de CO2 que ainda pode ser emitida para uma chance de 50% de ficar abaixo de 1,5ºC de aquecimento até 2100.

No ritmo atual de emissões, esse orçamento seria estourado em apenas nove anos — a maioria dos planos de líquido zero mira 2050.

O aumento total foi ligeiro em relação a 2021 — cerca de 0,8% em 2022, chegando a 40,6 bilhões de toneladas de CO2 (GtCO2) –, mas o ano passado já havia sido de recordes.

O motivo é uma combinação de emissões constantes de uso da terra entre 2021 e 2022 e aumento das emissões de CO2 fóssil.

A maior parte do aumento das emissões foi proveniente do petróleo. O carvão teve uma ligeira alta — um pouco menor do que o esperado, dada a crise global de energia — enquanto no gás natural ficou estável e no cimento houve um ligeiro declínio. Leia na epbr

Já as concentrações globais de CO2 estabeleceram um novo recorde de 417,2 partes por milhão (ppm), um aumento de 2,5 ppm em relação aos níveis de 2021. As concentrações atmosféricas de CO2 estão agora 51% acima dos níveis pré-industriais.

Os dados foram divulgados hoje (11/11), no Dia da Descarbonização da COP27, no Egito.

A missão da conferência climática deste ano é mobilizar financiamento para transição energética, cortar emissões e adaptar regiões inteiras para lidar com as consequências da mudança climática.

Orçamento de carbono cai, despesa aumenta

Até agora, o dinheiro colocado na mesa não faz jus ao tamanho do empreendimento.

Levantamento da consultoria Oliver Wyman em parceria com o Fórum Econômico Mundial (WEF) calcula que será necessário investir globalmente pelo menos US$ 500 bilhões até 2030 em tecnologias de descarbonização.

Isto é dez vezes mais do que os US$ 16 bilhões aportados mundialmente entre 2016 e 2020.

Esses investimentos devem ser direcionados para descobertas tecnológicas de descarbonização que incluem captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS) e geração de energia limpa com hidrogênio, bioenergia, combustíveis sustentáveis para aviação (SAF) e amônia verde, por exemplo.

Essas tecnologias seriam responsáveis ​​por mais de 40% das reduções globais de gases de efeito estufa até 2050.

No entanto, o documento ressalta que elas estão em estágios iniciais de desenvolvimento e ainda não estão maduras ou competitivas em relação às alternativas existentes de alta emissão.

É aí que a conta sobe

São necessários trilhões de dólares em novos investimentos para dar suporte à implantação e aos testes em escala comercial.

Somente até 2030, são necessários US$ 4,3 trilhões ao ano, um aumento de mais de três vezes em relação aos níveis de investimentos de 2016 a 2020 para descarbonizar os sistemas de energia e a economia.

Hoje, o jornalista da agência epbr Gabriel Chiappini conversou com Leonardo Gava (Climate Bonds Initiative), Carlos Alberto Tavares Ferreira (Carbon Zero) e João Vicente (Ambipar/Ambify) sobre descarbonização. Assista o Diálogos da COP27 no Youtube

Um ano para baratear

Países que representam mais de 50% do PIB global anunciaram hoje (11/11) um plano de 12 meses para ajudar a tornar as tecnologias limpas mais baratas e mais acessíveis em todos os lugares.

É parte da iniciativa de 45 países formada na COP passada, a Breakthrough Agenda.

Ao todo, são 25 novas ações colaborativas – a serem entregues pela COP28 no ano que vem – para acelerar a descarbonização avançando em cinco áreas: energia, transporte rodoviário, aço, hidrogênio e agricultura.

E incluem acordos para aço, hidrogênio e baterias sustentáveis; projetos de infraestrutura de rede elétrica transfronteiriça; data-alvo para eliminar gradualmente veículos poluentes (2040 globalmente e 2035 nos principais mercados), e investimento em PD&D para enfrentar os desafios da insegurança alimentar, mudança climática e degradação ambiental, entre outros.

Biden discursa, mas sem grandes novidades

O presidente dos Estados Unidos fez questão de passar pela conferência para falar sobre o pacote de US$ 369 bilhões para descarbonizar a economia e prometeu reduzir ainda mais as emissões da indústria de petróleo e gás dos EUA.

Anunciou também pacotes de ajuda para os países africanos, incluindo US$ 500 milhões para o Egito investir em renováveis – o que não muda muita coisa no cenário global.

Além disso, há pouca perspectiva de anúncios mais significativos, dado o cenário interno, com republicanos em vias de retomar a Câmara dos Deputados. Bloomberg

Na próxima semana, olhos em Lula

A atualização mais recente sobre a agenda do presidente eleito do Brasil mostra que ele chegará ao Egito na tarde de terça (15) e pode oferecer uma coletiva neste mesmo dia.

No dia 16, Lula receberá uma carta dos governadores dos estados da Amazônia Legal e conhecerá os três estandes brasileiros da Blue Zone. Dois novos nomes são apontados para a comitiva: os ex-ministros Fernando Haddad e Aloizio Mercadante.

Marina Silva já chegou. A deputada eleita – cogitada para ser ministra de Lula – fez sua primeira aparição na COP27 ontem (10). Pela manhã ela se reuniu com o enviado climático dos EUA, John Kerry. À tarde, participou de uma encontro privado com a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, no espaço da sociedade civil na Blue Zone, o Brazil HUB. As informações são do ClimaInfo

Metano

Estados Unidos, União Européia, Japão, Canadá, Noruega, Cingapura e Reino Unido lançaram hoje (11) uma declaração conjunta reconhecendo que “a dependência inabalável de combustíveis fósseis” os deixa vulneráveis ​​à volatilidade do mercado e aos desafios geopolíticos.

O grupo faz um apelo à ação global para reduzir as emissões de metano no setor de energia fóssil, com o objetivo de reduzir o aquecimento em 0,1°C até meados do século.

Também faz apelos aos importadores de energia fóssil para reduzirem emissões no consumo; e aos produtores para implementar projetos e apoiar políticas de reduções de emissões. Leia a declaração em inglês

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