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Ao tomar a decisão de inserir sua empresa na economia de baixo carbono, a pergunta lógica é: como promover as transformações necessárias?

Equipe redação

Por Equipe de Redação
Publicado em 18 de novembro de 2021

Possivelmente neste momento a empresa já tem alguma ideia geral do tema, por exemplo, entende que olhar para os recursos renováveis é uma boa ideia, mas como decidir o que exatamente deve ser feito e o melhor modo de fazê-lo? 

De maneira resumida, a adesão ou aprimoramento da economia de baixo carbono passa por cinco etapas: 1. realização de um inventário de emissões de gases de efeito estufa, 2.  mapear os maiores contribuintes do balanço de emissões, 3.  elaboração de uma estratégia, a partir do ranking de contribuição de emissões e viabilidade de implantação, 4.  implementação da estratégia e, por último, 5.  monitoramento. 

Vamos entender melhor cada um destes 5 passos rumo à economia de baixo carbono: 

1. Inventário de emissões de efeito estufa 

A primeira medida é um trabalho minucioso de contabilizar as emissões de gases de efeito estufa proveniente de cada atividade realizada dentro de uma fronteira pré-estabelecida de uma Organização. 

Neste inventário, contabilizamos as emissões diretas, resultante de fontes de combustões móveis e estacionárias, emissões fugitivas e emissões provenientes dos gases produzidos pelos seus rejeitos. O inventário ainda permite contabilizar as emissões indiretas provenientes do consumo de energia utilizada para realizar as atividades, bem como as emissões indiretas procedente de toda a cadeia de valor, ou seja, fora da fronteira física da organização.  

Lembrando que, nesse cálculo, entram todos os gases de efeito estufa (GEE), como o gás metano decorrente da decomposição de matéria orgânica e gases de refrigeração, por exemplo, além do conhecido dióxido de carbono. 

Após a contabilização dos gases, a empresa terá em mãos todo o seu quadro de emissões, chamado de balanço de GEE. 

Mais do que contabilizar as emissões, de forma prática, o inventário de GEE fornece informações fundamentais para que sejam priorizadas atividades e elaboradas estratégias mais eficientes para inserção da empresa na economia de baixo carbono. 

2. Identificar os maiores contribuintes do balanço de emissões 

Com o balanço em mãos, o próximo passo é analisar e identificar quais são as fontes de maior emissão. 

As fontes emissoras variam de acordo com o segmento de atuação de cada unidade de negócio inventariada, alterando os valores de gases contabilizados dentro das categorias do inventário e consequentemente a contribuição da pegada de carbono de uma empresa para o aquecimento global. 

Para área de logística e transporte costuma expressar altos valores de emissões na categoria de combustão móvel, por conta da queima de combustível fóssil em seus modais, sejam rodoviários (caminhões, vans, outros) ou ferroviários e até mesmo hidroviários.  

A emissões inerentes ao uso de energia está entre uma das categorias mais relevantes em muitos setores industriais devido estar diretamente ligada à produção e fabricação das matérias-primas e produtos acabados. 

O fator de emissão para cada fonte de energia é calculado de acordo com o processo do fornecedor de energia, muitas vezes concessionárias. 

3. Traçar a estratégia 

Identificados os pontos de maior emissão, é hora de traçar uma estratégia para atacá-los.  

As iniciativas podem ser diretas ou de alta complexidade, dependendo das especificidades de cada negócio, das tecnologias disponíveis no mercado e do comprometimento em mitigar as mudanças climáticas.  

Estratégias diretas podem ser: 

  •  Substituição da totalidade ou de uma parte da matriz energética utilizada na empresa por uma matriz de fonte renovável ou menos emissora. 
  •  Planejamento mais eficiente de logística, para reduzir a quantidade de combustível fóssil utilizado, ou mesmo a gradativa substituição da frota por veículos movidos a combustíveis considerados renováveis, como etanol, biodiesel, biometano e hidrogênio. 
  •  Investimentos em Unidades de Captura de Carbono CCU’s: tecnologias que promovem sua remoção da atmosfera e o reaproveitam em novos produtos ou energia renovável. 
  •  Compensação das emissões através da compra de créditos de carbono.

Estratégias complexas: 

São estratégias cujas transformações sustentáveis vão além das fronteiras da Organização inventariante. 

No ramo do agronegócio, por sua vez, o uso de técnicas regenerativas e de melhor manejo do solo são fundamentais para sequestrar carbono e mitigar suas emissões. Para se ter uma ideia, na criação de gado, por exemplo, adotar a rotatividade no uso de terra destinada para pastagem traz resultados significativos na redução das emissões de GEE. Ou até mesmo o uso de uma vegetação para alimentação do gado que tenha maior potencial de retenção de carbono do ar. Por vezes, ações simples e não óbvias geram resultados de impacto. 

Nesta fase de elaboração da estratégia, há outras variáveis levadas em conta além do nível de emissão de gases: a viabilidade do negócio e as possibilidades de subsídios e de retorno financeiro.  

Muitas vezes, implementar um processo menos emissor é barrado por inviabilidade financeira. Desenhar um programa que engaje a sociedade e traga benefícios ambientais permite a certificação de um projeto gerador de unidades de carbono comercializáveis. Esta moeda pode trazer recursos financeiros que tornem viável tal transformação sustentável.  

4. Implementação 

A fase da implementação da estratégia é o momento em que o plano é colocado em prática. O sucesso desta fase depende necessariamente de um planejamento estratégico bem elaborado.  

Ela pode ter cronogramas variados, já que algumas ações podem ser implementadas em semanas, enquanto outras levam mais tempo ou até mesmo são mudanças de longo prazo.  

Na fase da implantação, o acompanhamento por especialistas deve ser feito de perto, já que por vezes envolve uma mudança de cultura organizacional, assim como é previsto que haja um período de adaptação e de aprendizagem. 

5. Monitoramento 

O monitoramento é, na realidade, parte central na implementação de uma política de baixo carbono bem-sucedida. 

Por meio do monitoramento de indicadores, é possível verificar o que realmente está acontecendo, se as ações estão sendo efetivas, se as metas estão sendo alcançadas e o que é necessário alterar, melhorar ou ainda o que tem potencial de ser intensificado. 

Com uma avaliação e monitoramento constantes é possível mensurar e apresentar os resultados a fim de colher benefícios materiais e econômicos de uma proposta de baixo carbono. 

A Ambipar tem a experiência necessária para acompanhar sua empresa nos 5 passos desta estratégia para ingressar na economia de baixo carbono. Nós contamos com especialistas para garantir que todas as etapas sejam estruturadas de maneira eficiente. 

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