Por Equipe de Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2020
Apesar de já ser discutido há anos, o termo se tornou tendência após vários movimentos que discutiram a sustentabilidade. Uma das ações foi a carta para cotistas, investidores e parceiros redigida por Laurence Fink, CEO da Black Rock, uma das maiores companhias do mundo de gestão de investimentos. O empresário já falava sobre sustentabilidade desde 2016, mas somente no fim de 2019 focou totalmente no assunto.
O influente empresário defendeu que as mudanças climáticas afetam diretamente a economia e reconhece que as empresas alinhadas aos critérios ESG obtêm resultados financeiros melhores. Por isso, a Black Rock decidiu recomendar ações dessas companhias nas carteiras que oferecem aos seus clientes.
Além disso, outros movimentos colocaram o assunto em foco, como o Acordo de Paris, em 2015, que discutiu o problema das mudanças climáticas e a responsabilidade dos países em diminuir as emissões de carbono. A sustentabilidade e aquecimento global também foram discutidos no World Economic Forum Annual Meeting, em Davos. Não há como deixar de citar o comprometimento de diversas empresas em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU e o número de signatários do código de sustentabilidade dos Princípios para o Investimento Resposável (PRI). O PRI representa o compromisso dos grandes investidores institucionais do mundo de investir em negócios sustentáveis.
Há também, desde 2005, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da bolsa de valores brasileira (B3), que apoia os investidores na hora de decidir onde aplicar o dinheiro, além de resoluções como do Conselho Monetário Nacional (CMN), criada em 2014, que determina que as instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central devem adotar uma Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA),influenciando as companhias a adotarem as práticas ESG como uma nova realidade no mundo dos negócios.
O mundo observou esses movimentos e discussões com atenção e o ESG passou a ser o centro das atenções para os investidores. As corporações estão cada vez mais preocupadas, não só com a sustentabilidade, mas também com a exposição de riscos socioambientais que impactam diretamente nos negócios e estabilidade das ações, levando investidores a adotarem o conceito de “investimentos responsáveis“ como fator decisivo na alocação de recursos. Afinal, as práticas ESG impactam diretamente na imagem da empresa e, consequentemente, há um aumento ou diminuição no valor das ações.
Contudo, muitas pessoas ainda não sabem o que significa ser uma companhia que segue os pilares ESG. Por isso, vale explicar de forma detalhada o tema.
O que é ESG
Environmental, Social and Corporate Governance (ESG) pode ser traduzido para o português como Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa (ASG). São os três pilares da sustentabilidade que determinam algumas atitudes específicas para cuidar do meio ambiente, realizar ações sociais e garantir a organização e compliance dentro das companhias. Mas que tal citar ações envolvendo cada um dos três pilares?
Environmental
Esse pilar determina práticas sustentáveis dentro das empresas, que promovam o gerenciamento de resíduos e efluentes, a economia circular, uso de energias renováveis, redução de emissões de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética e preservação ambiental. As empresas devem realizar uma série de ações e programas voltados à sustentabilidade para estar alinhadas a esse primeiro pilar.
Para alcançar esse índice, as companhias precisam reduzir as emissões de carbono, a fim de evitar o aquecimento global, além de adotar programas de eco eficiência e, até mesmo, desenvolver produtos voltados ao setor ambiental. As companhias também devem fazer toda a gestão dos resíduos, incluindo a logística e manufatura reversa de eletrônicos.
Empresas totalmente sustentáveis, que cuidam do meio ambiente promovendo a economia circular e fazendo a gestão de gases de efeito estufa, são muito visadas pelos investidores. O tema ambiental está em alta no mundo dos negócios e impacta diretamente na imagem das companhias. Portanto, ser sustentável é um fator relevante para os acionistas na hora de escolher onde aplicar o dinheiro.
Social
O pilar social determina ações sociais que contribuem com o bom relacionamento e ambiente de trabalho para os colaboradores das empresas, inclusão e diversidade, direitos humanos, proteção de dados e práticas para ajudar comunidades ou pessoas carentes.
Uma empresa alinhada a este critério social é aquela que reconhece seus colaboradores, desenvolve pessoas, oferece melhorias na qualidade de vida com boas relações de trabalho, promove doações e auxílios aos mais necessitados e incentiva o trabalho voluntário dentro de comunidades.
A parte social das empresas é cada vez mais vista por toda a sociedade. É um dos requisitos mais importantes para ter uma boa imagem no mercado. Crises podem gerar prejuízos gigantescos para companhias que não se preocupam com esse aspecto, capaz de gerar grandes impactos financeiros e queda nas ações.
Corporate Governance
A governança corporativa nada mais é do que regras de compliance, código de conduta das empresas e toda a forma de administração, que deve primar pelatransparência e atendimento às legislações vigentes. Algumas ações que podem ser citadas são: definir, assegurar, promover e induzir boas práticas dentro da companhia, com total ética e transparência na governança, garantir a gestão eficiente de riscos, adotar práticas de proteção aos direitos dos acionistas, ter um conselho totalmente independente e o compromisso da geração de valor aos investidores.
A governança corporativa é de extrema importância para o bom funcionamento da empresa. Quando uma companhia é desorganizada, não possui um código de conduta e nem cumpre a legislação, pode ter problemas dentro e fora da organização, o que impacta diretamente no valor das ações e o financeiro da organização.
A importância de ser ESG
Praticar os três pilares da sustentabilidade é uma tarefa árdua para as empresas, mas que traz resultados positivos no mundo dos negócios, vantagens competitivas, melhora de reputação, maior lucratividade e melhora do valuation ao longo do tempo. O ESG, com certeza, é uma forma de incentivar as companhias a cuidar mais do meio ambiente, preservar as florestas, diminuir o uso de recursos naturais e a geração de resíduos, além de promover a economia circular para evitar que os materiais sejam dispostos em aterros. Com estes critérios de sustentabilidade, as corporações passam a se preocupar mais com o meio ambiente e ajudar a conter as mudanças climáticas.
Além da parte ambiental, as organizações passam a realizar ações sociais para garantir melhores condições de trabalho e um ambiente de reconhecimento e diversidade dentro da empresa. Dentro do pilar social, as companhias buscam, cada vez mais, ajudar comunidades e pessoas carentes. Já na área da governança corporativa, as empresas buscam o compliance e transparência para garantir processos justos que atendam à legislação.
Portanto, estar alinhada aos pilares ESG significa cuidar do planeta e garantir que o mercado veja a empresa de forma positiva para atrair investimentos e movimentar a economia. A Ambipar é uma multinacional líder em gestão ambiental e ajuda as empresas a realizar ações para atender aos índices da sustentabilidade.
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