Por Equipe de Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2024
A Ambipar investe e opera projetos de descarbonização, economia circular, transição energética e regeneração ambiental. Empresa fabrica máquinas de reciclagem, já conhecidas no Amazonas (Divulgação).
De acordo com um relatório da Allied Market Research, o mercado global de reciclagem foi avaliado em aproximadamente US$ 400 bilhões em 2020 e deve crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 6,3% até 2030. O setor de reciclagem de plásticos, por exemplo, tem se destacado devido à crescente pressão para reduzir o uso de plásticos descartáveis. Estima-se que até 2025, o volume global de resíduos plásticos reciclados alcance 9,2 milhões de toneladas por ano.
É dentro deste mercado que a empresa brasileira Ambipar atua, tendo se consolidado internacionalmente, já que é a multinacional brasileira líder global em soluções ambientais, investindo e operando projetos de descarbonização, economia circular, transição energética e regeneração ambiental. Atualmente ela está presente em mais de 40 países, tendo mais de 20 mil colaboradores.
Há pouco tempo, a multinacional entrou em Manaus ao comprar a empresa Brasil Coleta. Agora, segundo o Head de Economia Circular e Indústria de Transformação da Ambipar, Adriano Pereira, a ideia é estabelecer e expandir a marca dentro do contexto amazonense e a da Zona Franca de Manaus.“Nos últimos dois anos estamos estruturando outras unidades que não é essa, mas agora fomos para dentro da Zona Franca justamente para fazer esse negócio crescer. É uma empresa que já está inserida dentro da Suframa, toda legalizada, e agora buscamos entender o porquê que dentro de Manaus ainda não alcançou os patamares que queremos. Estamos investindo em novas linhas, são investimentos altos porque têm muito volume ser explorado, tanto dentro quanto fora da região amazônica”, afirma Pereira em entrevista ao A Crítica.
Na semana passada, a multinacional inaugurou seu mais novo projeto: uma planta voltada para mineração urbana de grandes objetos, como geladeiras, fogões, etc – em um investimento de R$ 100 milhões. A primeira planta processa materiais eletrônicos de pequeno e médio porte. Para o diretor de relações com investidores da Ambipar, Pedro Petersen, não está descartada a possibilidade de a empresa também estabelecer tal planta em sua filial em Manaus, tendo em vista os desafios logísticos impostos para a transferência de materiais recicláveis do Norte para o sudeste do país.“A gente tem operações de gestão e valorização de resíduos lá, linhas de reciclagem de papel e papelão. Vamos investir, em algum momento, em novas linhas de reciclagem de plástico para crescer nossa capacidade de processamento, já que por conta da Zona Franca e os desafios logísticos, é importante que a gente faça essa reciclagem lá ao invés de levar para outros lugares. Então tudo que a gente puder incrementar de valorização e investimento na região a gente tem feito. Também estamos muito empolgados por conta do bioma amazônico em um projeto de reflorestamento, onde a gente possa sequestrar carbono com soluções baseadas em natureza”, disse Petersen.“São desafios, afinal estamos falando de um país continental, com diversos contextos, então transformar esse produto lá dentro sempre é melhor para nós. Então tendo essa possibilidade de fazer tudo localmente, a gente vai fazer, por isso os investimentos”, ressalta Adriano Pereira.
A inserção da empresa no Amazonas, bem como seus ideais de sustentabilidade, já se iniciou e tem dado resultado principalmente durante o Festival Folclórico de Parintins, já que o projeto ‘Recicla Galera’ utiliza maquinas idealizadas e produzidas pela empresa.“O projeto das recicla machines tem trazido grandes resultados para nós, além de toda a exposição que traz para a marca. Tem um comentário da Izabela Teixeira que nos marcou muito, ela disse que ‘a gente só vai ser bem-sucedidos quando a reciclagem estiver inserida na cultura popular, só quando estiver em todos os estádios de futebol no brasil’ e Parintins é um excelente exemplo do que podemos fazer para a conscientização”, enfatiza Petersen.
Nascido no Festival Folclórico de Parintins, em 2019, o “Recicla, Galera” consolidou-se como a maior iniciativa do Governo do Amazonas para incentivar a destinação correta de resíduos recicláveis e promover, ao mesmo tempo, a educação ambiental aliada à geração de renda sustentável para catadores de materiais recicláveis.
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