Por Equipe de Redação
Publicado em 12 de junho de 2023
Anuário Integridade ESG 2022, publicado pela Insight Comunicação, traz um retrato das práticas ESG de 100 empresas de oito setores.
Entre 2020 e 2022, as buscas na internet pelo termo ESG (do inglês Environmental, Social and Governance) cresceram mais de 1.200% no Brasil, segundo dados do Google Trends. Mas as pesquisas não se detém, apenas, a entender o que a sigla significa. Há um interesse crescente sobre o que as empresas, especialmente aquelas listadas nas bolsas de valores, estão fazendo em relação ao tema. Agora, uma publicação analisa e resume quais foram os projetos e os investimentos corporativos no âmbito das questões ambientais, sociais e de governança e como estas iniciativas impactaram a reputação e imagem de 100 empresas brasileiras.
O Anuário Integridade ESG 2022, publicado pela Insight Comunicação, traz um retrato das práticas ESG de 100 empresas, entre elas, companhias listadas na bolsa de valores. Um dos resultados do levantamento mostra que as iniciativas estão concentradas em poucas companhias.
As 11 companhias que foram destaque, em ordem de classificação no ranking, são: Ambev, Suzano, Gerdau, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil, Ambipar, B3, Natura e Raízen, com 90% das iniciativas e projetos avaliados com sentimento positivo. Estas companhias com maior reputação ESG concentram 1/3 das ações em temas relacionados às agendas ambiental, social e de governança que se tornaram notícia na imprensa.
Para chegar ao resultado, o levantamento criou um indicador com base em informações coletadas em ferramentas de busca com citações do acrônimo ESG, e dados do monitoramento de mídia da Knewin Inteligência de Dados. A partir dessa base estruturada, uma inteligência artificial realizou a análise de sentimento. Após os cruzamentos, foi calculado o iESG (Índice Imagem ESG) para cada empresa.
Na análise comparativa, as 19 primeiras empresas colocadas concentram 51% das menções ESG nas mídias do país, com a Petrobras sendo a grande puxadora da temática corporativa. Porém, somente com 64% das publicações positivas, contra 36% negativas.
Já a Ambev é a empresa brasileira com melhor reputação ESG, conforme os critérios do estudo. A companhia somou a nota mais alta no iESG entre todas as corporações avaliadas. Contam para o desempenho geral não só as práticas ambientais como os compromissos na área social e os projetos estruturais na sua operação e governança.
O relatório destaca e classifica como numerosa a presença de instituições financeiras no topo do ranking geral – quatro nas sete primeiras posições.
O Bradesco ficou na liderança do ranking do setor financeiro. Com base nas métricas adotadas, a instituição notabilizou-se, ao longo de 2022, como o banco com o maior grau de adesão às práticas ESG, ao ser o primeiro se comprometer com o equilíbrio de emissões de carbono de suas carteiras de crédito e investimentos e estabelecer, ainda, uma série de medidas nas demais verticais do negócio.
Em relação ao setores da economia de maior visibilidade na agenda ESG, o setor de Papel e Celulose é o mais bem avaliado. O segmento tem percepção positiva de 99,3%. Além disso, as duas principais empresas do setor, Suzano e Klabin ocupam, respectivamente, o 2º lugar e o 19º lugar no ranking geral.
Depois do setor de papel e celulose, vem os Bancos; Alimentos e Bebidas; Petróleo, gás e derivados; Mineração e Siderurgia; Varejo; Energia Elétrica e Cosméticos.
Na outra ponta, no setor de Petróleo e Gás, um das indústrias mais criticadas devido ao seu impacto direto e agressivo sobre o meio ambiente, a Raízen ocupa o primeiro lugar por suas práticas que indicam uma visão integrada tanto em termos de modelos de negócios quanto no desenvolvimento de tecnologias que possam influenciar a transição energética.
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