Uma certificação pode contribuir para a confiabilidade e transparência nos índices ESG

Por que uma certificação pode contribuir para confiabilidade e transparência das ações ESG?

O mercado global observa a cada ano a relevância do monitoramento e relato dos riscos e informações de ESG.

Três letrinhas que significam o comprometimento das organizações com o Meio Ambiente (Environment); Social e Governança, e, portanto, com a sustentabilidade dos negócios.

A questão ambiental recebeu total destaque das organizações nos últimos 5 anos, sobretudo com o advento da COVID19 que demonstrou de maneira latente os reflexos dos impactos ambientais negativos na aceleração de pandemias e outras endemias.

A forma como são reportadas as informações e os dados ambientais de uma organização, de maneira voluntária ou em virtude de obrigações legais, para investidores e consumidores, exerce um papel fundamental na imagem de transparência, confiabilidade e compromisso sustentável dos negócios e suas marcas.

Dados da CVM apontam que o percentual de investimentos sustentáveis cresceu nos últimos 2 anos. A gestão de riscos ESG passou a ser parte das estratégias do mercado corporativo e financeiro, apontando um processo de migração das questões ambientais para o universo de investimentos.

Como entender investidores e lhes oferecer dados para a melhor escolha em uma estratégia que considere os parâmetros de ESG?

Os investidores querem promover investimentos sustentáveis, mas ao mesmo tempo possuem a necessidade de receber informações consistentes, comparáveis e úteis à decisão e ao risco de greenwashing.

Dentre as soluções para uma divulgação, clara, direta de ESG está a verificação e revisão voluntária, por profissional capacitado, externo à organização, dos dados e objetivos da sustentabilidade.

A organização que se submete ao olhar externo demonstra a confiança em suas boas práticas e a rastreabilidade das informações apresentadas ao mercado.

Cabe esclarecer que já existem no mercado empresas e certificadoras capazes de avaliar e atestar relatórios, inclusive com o recurso do Selo Verde.

Quando falamos de sociedade, pesquisas recentes apontam que oito em cada dez consumidores estão fazendo escolhas de compra baseadas na sustentabilidade.

Hoje em dia, os consumidores impõem que as empresas estejam atentas também ao que ocorre em seu redor, incorporando responsabilidades que não estão relacionadas diretamente ao desenvolvimento de sua atividade, mas, também, aos problemas que a sociedade enfrenta, sobretudo as gerações que nos últimos 20 anos chegaram ao mercado de trabalho.

Como responder a essa demanda por orientação do novo mercado consumidor? O que realmente quer o novo consumidor?

O novo consumidor quer entender a ligação direta dos processos e atividades das organizações com os compromissos sustentáveis, sobretudo socioambientais.

Novamente, processos de auditorias, asseguração e certificações por partes externas de reconhecida competência, autoridade na área e com a devida imparcialidade podem simplificar as informações e ao mesmo tempo promover consciência sustentável interna e externa à organização.

Vale a pena investir em certificar processos com quem possui independência e expertise. Escolhas inteligentes de mecanismos de asseguração e certificação dão notoriedade as ações sustentáveis das empresas, e ao mesmo tempo rastreabilidade para os caminhos percorridos.

O que faz um organismo certificador?

Quando a organização escolhe ser avaliada por parte externa, ela imediatamente demonstra às suas partes interessadas (investidores, consumidores, colaboradores, fornecedores, etc.) que está comprometida em relatar de maneira séria, idônea e aprofundada os indicadores de sua empresa.

Um organismo certificador, validado por organizações ou entidades reconhecidas, possue procedimentos de avaliação para os indicadores de ESG, e de maneira especial destaca-se o crescimento no mercado de avaliações ligadas aos impactos ambientais dos negócios.

Quando validadas por órgãos reconhecidos, como o INMETRO, ou organizações como a ONU as certificações e avaliações passam a apresentar trabalhos de muita qualidade técnica, e ao mesmo tempo de extrema independência e confiança.

É essencial buscar no mercado quem se propõe a validar seus processos de avaliação e certificação, isso traz a certeza da imparcialidade dos processos de avaliação, “separa o joio do trigo”.

Alguns exemplos de Selos no mercado.

Implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – Certificadoras da ISO 14.001

A certificação para uso de recursos naturais sobretudo em edifícios – Certificação LEED.

Para certificação da Gestão de Resíduos, ou Economia Circular, ou Aterro Zero – Ambipar Certification – Selo Verde.

Quanto tempo demora para obter um certificado?

O tempo para que uma empresa se certifique depende de alguns fatores importantes:

1 – O compromisso da alta direção com os indicadores avaliados pela certificação e precisam ser parte da estratégia da empresa;

2 – A especialidade dos profissionais da organização para mapear os pontos críticos, organizar controles e monitorar os indicadores;

3 – A clareza dos mecanismos para tratar situações adversas e que possam comprometer os indicadores;

4 – O envolvimento das partes interessadas (funcionários, fornecedores, terceiros) com o desempenho em ESG da empresa, e para além disso, com a consciência do propósito a ser alcançado.

5 – A complexidade dos processos da empresa, pois empresas de grande porte e de maior impacto ambiental naturalmente exigem mais controles e avaliações constantes.

É possível que uma organização bem preparada demore entre 2 a 6 meses para obter um Selo Verde, ou outra certificação.

Para que a empresa obtenha uma certificação o planejamento é essencial! Deve-se procurar a certificadora cuja temática de avaliação considere os principais impactos da empresa no mercado e no ambiente.

Associar o nome de sua empresa a uma certificadora, avaliadora, reconhecida pela qualidade técnica, independência e idoneidade representa desviar da superficialidade no relato de indicadores de ESG e dispor de um processo aberto, detalhado e específico de validação das práticas sustentáveis.