As lições que a OTC Brasil deixou na edição, que acabou na última quinta-feira (26). Primeiro pelo público, que bateu o recorde de todas as edições anteriores. Foram 21 mil participantes que representaram um aumento de 40% em relação à edição anterior, em 2019. Ao todo, a conferência reuniu pessoas de 69 países, 114 palestrantes e mais de 180 expositores nos três dias de evento. A feira reforçou a visão do mercado sobre o papel de destaque do Brasil no processo de transição energética. Roberto Ardenghy, presidente do IBP lembrou da capacidade que o país possui para contribuir para a transição global: “Temos muitas formas de ajudar com a diversidade de fontes. Mas temos também muitos desafios, como integrar as diferentes matrizes energéticas“.
Já José Firmo (foto à direita), CEO do Porto do Açu, mostrou que o desafio atual se encontra em viabilizar um modelo de integração de negócios para baixo carbono alinhado a custos competitivos. O diretor de engenharia, tecnologia e inovação da Petrobrás, Carlos Travassos, acredita que a transição energética se viabiliza com investimentos em infraestrutura, educação, criação de arcabouços regulatórios e inovação. Angelica Ruiz, da bp Brazil, colocou o país em destaque na transição energética para a empresa. “Vemos o Brasil como um mix de oportunidades para a bp. O país possui um petróleo com baixa intensidade de carbono, energias renováveis“, declarou.
O consenso foi que o Brasil, Guiana e Moçambique despontam como gigantes energéticos até 2035, como acredita Nelson Narciso, Presidente da NNF Energy: “Quem pensava que Moçambique, Guiana e Brasil estariam hoje na posição de gigantes do offshore? Guiana é um caso emblemático. Nos últimos cinco anos, a produção disparou para 400.000 barris/dia.” Na lista de 2022 dos Top 15 produtores offshore, o Brasil figura na segunda posição. A Guiana, que aparece na lista em 17º lugar, mas poderá ficar entre as cinco maiores em 2035.
Atualmente o 9º maior produtor de petróleo no mundo, o Brasil tem potencial para chegar à 5ª colocação no ranking global nos próximos dez anos. Para isso, é preciso criar um ambiente regulatório que atenda às necessidades distintas do setor e estimule a atração de novos investimentos, avaliou o CEO da Enauta, Décio Oddone (foto à esquerda). “Se queremos aumentar reservas e continuar produzindo, temos que encarar os desafios que se impõem para fazer com que a exploração aumente e outras áreas possam ser aproveitadas. Precisamos de um conjunto de medidas que ajudem a criar um ambiente favorável aos negócios e atração de investimentos“, analisou.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) debateu a cláusula de investimentos em pesquisa e desenvolvimento nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás. “Estamos focando em investimentos que comportem também energia renováveis, hidrogênio verde e descarbonização. Em 2022, foram mais de US$ 1 bilhão investidos em pesquisa e desenvolvimento“, disse Daniel Maia, Diretor da ANP. Sobre o descomissionamento de navios e plataformas e na destinação final dessas estruturas, ficou tendo um único pensamento: ambiente e sustentabilidade. Serão investidos globalmente US$ 100 milhões na atividade. Apesar do avanço tecnológico dos últimos anos, os desafios na destinação desses equipamentos permanecem.
A Firjan também trouxe informações contundentes. Mais de 90 projetos nos mercados de óleo, gás, novas energias e naval previstos para o estado do Rio, num total de US$ 182 bilhões em investimentos. Estes são os números atualizados do Painel de Projetos de Energia no Rio de Janeiro, que a Firjan SENAI SESI apresentou ao público na OTC Brasil 2023. A federação participa ainda com um estande onde é possível fazer um tour virtual, via óculos de realidade aumentada, pelos institutos SENAI de Inovação, mostrando o que há de mais moderno em qualificação profissional, além de uma sessão de networking para estimular novos negócios. O mercado de óleo e gás representa 63% do potencial.
E para finalizar, um exemplo explícito com o meio ambiente sobre sustentabilidade: A Ambipar Group, multinacional brasileira líder em gestão ambiental, que está presente em 40 países, que teve uma participação ativa antes, durante e agora, depois de encerrada a feira. A Ambify realizou pela primeira vez no histórico do evento, a compensação das emissões de carbono de toda o feira. A companhia compartilhou o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da economia e a melhoria contínua dos indicadores ESG de seus clientes. Para lembrar, por meio da vertical Ambipar Response, mostrou que gerencia crises, serviços industriais e respostas a emergências com uma equipe de especialistas internacionalmente certificada para atuar de forma simultânea, escalável e padronizada.
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