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Valor Econômico - 28/07/2021

Equipe redação

Por Equipe de Redação
Publicado em 28 de julho de 2021

Desde a abertura de capital, há um ano, forma 18 negócios fechados.

A Ambipar, empresa de gestão ambiental, planeja manter sua estratégia de crescimento por meio de aquisições. Porém, após uma sequência de operações fechadas nos últimos meses, a companhia ainda estuda a melhor estrutura de financiamento para essa expansão, segundo a presidente, Cristina Andriotti. “Vamos continuar crescendo, mas como vamos financiar ainda está em estudo e não foi definido”, afirmou a executiva.

Ontem, a empresa anunciou mais uma operação, a compra de 53,6% da Biofílica, que gera créditos de carbono a partir da conservação e restauro de florestas. O valor da transação não foi informado, mas a companhia adquirida deverá faturar, neste ano, cerca de R$ 20 milhões, segundo um dos sócios que continuará no negócio, Plínio Ribeiro.

Ele explica que ao menos 70% do faturamento vem da “exportação” de créditos de carbono a grupos estrangeiros. “O mercado brasileiro ainda é pouco desenvolvido e há pouca transparência em relação aos dados, mas nossa estimativa é que a Biofílica represente 50% do segmento no país.”

A Ambipar já atua na geração de crédito de carbono em outras áreas, como na produção rural, mas agora entra no setor de restauro florestal. “Qualquer aquisição precisa ter sinergias, é o caso da Biofílica”, diz Cristina.

A operação faz parte de uma sequência de compras feitas pela companhia desde sua oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3, há cerca de um ano, quando foi levantado o valor de R$ 1,1 bilhão. Desde então, foram feitas outras 17 aquisições no período, de diferentes portes e segmentos – tanto para completar o portfólio de soluções ambientais da empresa quanto para sua internacionalização.

A movimentação chamou a atenção especialmente nos últimos dois meses, quando foram feitas nove operações – dez, contando com a Biofílica.

Uma das que mais chamou a atenção do mercado foi a compra da Disal Ambiental, por cerca de R$ 800 milhões. A empresa, de transformação de resíduos em produtos, atua no Chile, Peru e Paraguai. Para financiar a compra, de maior porte, foi feita uma emissão de debêntures em junho deste ano, no valor de R$ 900 milhões, por meio de uma controlada direta, a Environmental ESG Participações. Após essa operação, o Bank of America elevou o preço-alvo das ações de R$ 35 para R$ 42. Ontem, os papéis da companhia fecharam em R$ 42,60, com leve alta de 0,26%.

Questionada sobre o perfil de ativos que a companhia ainda busca em suas próximas aquisições, a executiva reforça a importância de haver sinergia e complementariedade ao portfólio atual do grupo. No mercado internacional, ela destaca a América do Norte e o Reino Unido como regiões onde há interesse.

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