Por Equipe de Redação
Publicado em 18 de junho de 2021
A Equipe de Resposta a Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica (NBQR) composta por militares da Marinha do Brasil, realizou curso de capacitação e simulados práticos no centro de treinamento da Ambipar com o objetivo de levar expertise e know how à equipe. O campo é o maior da América Latina e foi escolhido por conta da estrutura completa e diversidade de cenários de emergências.
Durante cinco dias, 45 militares foram treinados com aulas teóricas e vários simulados práticos para capacitação. O treinamento da Ambipar em conjunto com a Marinha é voltado à especialização e profissionalismo para realizar trabalhos com cooperação técnica. Os instrutores da Marinha do Brasil, Sargento Menezes e Sargento Almeida, apresentaram novas técnicas no treinamento de resgate de vítimas em espaços confinados.
Cenário 1 – Queda de funcionário na casa de fumaça
Os especialistas simularam a queda de um funcionário durante exercício na casa de fumaça – um dos cenários de emergência existentes no campo de treinamento da Ambipar. A vítima teria sofrido uma fratura na perna e os técnicos da companhia, juntamente com militares da Marinha, precisaram socorrê-la.
Cenário 2 – Resposta a emergência e contenção de produtos químicos
O treinamento também contou com cenários de confinamento e contenção de produtos químicos, utilizando as técnicas de resposta da Ambipar. Os militares da Marinha do Brasil precisaram lidar com emergências envolvendo ácido fluorídrico, entendendo os riscos, medicamentos aplicados em caso de intoxicação por gases e técnicas de respostas.
A Marinha também realizou exercícios de esforço físico, avaliação de cenário de emergência com kit cloro, resgate de vítimas em casa de fumaça e espaços confinados ou colapsados.
Cenário 3 – Queda de cilindro de gás em colaborador
Outro exercício envolvia a queda de um cilindro de gás em cima de um colaborador. Os militares precisaram avaliar o cenário, verificando possíveis vazamentos do produto contido no cilindro e fazer o resgate da vítima. Para isso, foi utilizado um robô detector capaz de acompanhar a equipe e verificar se a atmosfera está contaminada com gases invisíveis a olho nu.
Cenário 4 – Exercício final
Para fechar o treinamento foi feito o exercício final. Na simulação, a emergência era um atentado terrorista em avião vindo de Israel. A aeronave foi tomada pelos terroristas e um pouso forçado foi realizado em um aeroporto. Nesse momento, um dos terroristas que já estava em solo utilizou um caminhão com de cloro para tentar causar uma explosão no avião. A aeronáutica e Polícia Federal já estavam no local e trocaram tiros com os terroristas. Porém, uma das válvulas da bomba de cloro do caminhão foi atingida, causando vazamento do produto.
As equipes da Marinha do Brasil e Ambipar precisaram se preparar para atender a emergência. A companhia forneceu um caminhão pipa, viatura OPG, um centro de comando e controle e kits para contenção dos produtos derramados. Militares precisaram realizar o procedimento para contenção do kit cloro e utilizar um scrubber para desgaizeficar o caminhão.
A Ambipar forneceu um caminhão vácuo para captação dos produtos químicos enquanto outra equipe da Marinha fazia o resgate e liberação dos reféns. Todos as vítimas passaram pela pista de descontaminação e a emergência foi finalizada.
Para Everaldo Savatin, diretor de operações da Ambipar, apesar de ser o primeiro exercício em conjunto, a impressão é de que a Ambipar e a Marinha do Brasil já trabalhavam há muito tempo juntos. “O sucesso e objetivo foram alcançados e já existe o desejo de ambas as partes que essa seja a primeira de muitas operações. Nós aprendemos muito, houve troca de experiências e isso enriqueceu ambas as instituições”, afirma.
De acordo com o comandante Do Carmo, “o exercício realizado permite aos militares do batalhão ampliar sua capacidade técnica e profissional por meio do intercambio de conhecimentos e experiencias adquiridas entre a unidade e a equipe de instrução da Ambipar, principalmente voltado às emergências com produtos perigosos. Além disso, permite aos militares, utilizar todo o campo de instrução composto por cenários que encontram em eventos reais, o que aumenta o nível de prontidão de nossa unidade”, disse.
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