Por Equipe de Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2023
Especialista em Governança explica como implementar duas ações em negócios de todos os portes para mitigar riscos. Foto: Divulgação – Claudinei Elias.
Atualmente, no mercado brasileiro e internacional, temos visto diversas companhias pedindo recuperação judicial por diferentes motivos: da falta de governança corporativa a falhas na estratégia do negócio. Isso porque as empresas estão expostas a uma infinidade de riscos potenciais – desastres naturais, políticos, fornecimento na cadeia produtiva, riscos climáticos, Geopolíticos, de tecnologia, entre outros – e, independentemente do seu tamanho, devem se preparar para lidar com possíveis situações de crise.
Como exemplo, o recente caso da queda de árvores na cidade de São Paulo, que culminou na queda de energia por dias, interrompendo diversos negócios da capital paulista. “Pensando em uma situação como essa, em que acabou a energia e não há previsão de volta, como eu faço para manter meu negócio funcionando? É possível manter os funcionários trabalhando de casa? É viável ter um gerador, para evitar perda de mercadoria? Tem um backup de tudo que está sendo feito, se caso algum equipamento for danificado? A empresa possui seguro? O objetivo é sempre pensar em minimizar a interrupção, aumentando a eficiência das respostas aos incidentes e mitigando ao máximo as perdas”, afirma Claudinei Elias, fundador e CEO da Bravo GRC (empresa de tecnologia e consultoria especializada na implementação de soluções de Governança, Gestão de Riscos corporativos e ESG), que recentemente assumiu a posição de Partner e CEO Global da Ambipar ESG.
Gestão de Continuidade de Negócios e Gestão de Crise são o caminho
O especialista ressalta a importância de se ter um plano de Gestão de Continuidade de Negócios, que possibilitará que a instituição e seus gestores não sejam pegos desprevenidos, caso algum desses riscos chegarem a afetá-los. Já a Gestão de Crise, será responsável por tentar minimizar possíveis problemas e prejuízos em decorrência da crise enfrentada. Mas, como desenvolvê-las?
De acordo com Elias, a primeira coisa que a empresa deve fazer é analisar as principais exposições e problemas aos quais a empresa está sujeita. “Entender a quais riscos a companhia está exposta é sempre o primeiro passo. Apesar de parecer simples, não é tão fácil assim! Os gestores precisam analisar a fundo cada um dos pontos sensíveis que podem trazer um disfunção, ruptura ou interrupção do negócio envolvendo a empresa, que podem afetá-la diretamente e indiretamente”, diz o especialista, explicando que isso envolve até mesmo as situações mais simples do dia a dia.
Com base nesse levantamento é que será feito o plano de Gestão de Continuidade de Negócios. “A partir disso, os gestores da empresa irão desenhar uma camada de planejamento da continuidade, ou seja, se houver algum dessas materilizações de riscos, como a empresa poderá estar preparada para um processo de recuperação e, mais do que isso, como a empresa impede que as suas pessoas sejam prejudicadas”, explica Elias, ressaltando que, apesar de muitos acreditarem que essa ação estaria ligada apenas às questões de tecnologia, na realidade ela está conectada a qualquer processo ou elemento que possa provocar uma parada nos serviços ou uma potencial perda para o negócio.
A Gestão de Crise se faz necessária quando alguma situação inesperada ocorre e pode trazer prejuízos financeiros, administrativos e reputacionais. Como essas situações podem interromper os processos de uma companhia, normalmente exigem uma Gestão de Continuidade de Negócios. “Pois é nesse momento que você irá botar em prática o que foi definido no plano de crise, comunicando os stakeholders que precisam ser comunicados, informando a imprensa sobre o que aconteceu se for necessário e deixando todos os colaboradores a par do ocorrido, quais as ações que devem se tomadas, como a operação voltará ao seu curso, entre outras ações”, explica Elias.
Questões ambientais são as principais na pauta das crises
Elias também ressalta a importância de contemplar no plano as questões ambientais. “Esse é só um exemplo de como as questões ambientais afetam todas as empresas, mas poderia citar diversos, como as enchentes, a fumaça das queimadas que invadiu Manaus, os deslizamentos de terra devido às chuvas e, até mesmo, o tsunami que aconteceu recentemente em Santa Catarina. Será que as lojas que ficam próximas ao mar já pensaram no que fazer em situações como tsunamis ou mesmo ressacas do mar? Será que a sua empresa tem um plano para o caso de as enchentes impedirem seus funcionários de chegar ao trabalho? A tendência é que cada vez mais situações relacionadas ao meio ambiente nos atinjam, principalmente devido às mudanças climáticas, então precisamos estar preparados”, comenta o especialista.” Esteja preparado para o inesperado, hoje será cada vez mais frequente eventos imprevistos. Este preparo pode ser uma questão de sobrevivencia”, aponta Elias.
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