Por Equipe de Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2021
Praticamente toda atividade humana libera gás carbônico (CO2) na atmosfera, assim como outros gases de efeito estufa (GEE), igualmente baseados no carbono. É por isso que falamos em “pegada de carbono” para mitigar os efeitos da crise climática que ocorre, sobretudo, em função das emissões de CO2. Atualmente, reduzir as emissões de GEE é uma das premissas do desenvolvimento sustentável, o que traz desafios e oportunidades para uma nova economia.
Para que possamos alcançar uma economia de baixo carbono, é necessário rever a fabricação e o ciclo de vida de produtos e serviços, buscando reduzir ou compensar as emissões de carbono. Medidas eficazes de redução das emissões de CO2 devem afetar o modo de vida de toda a sociedade, uma vez que para reduzir a pegada de carbono é necessário alterar os processos produtivos, uso e descarte de produtos e materiais, assim como as fontes de energia que utilizamos. Para esse alcance, a sociedade também precisa estar comprometida.
Com o aumento das emissões, provocado pelo modo de crescimento das principais economias do globo, o desenvolvimento baseado na baixa pegada de carbono demanda uma transformação sustentável, que saiba aliar crescimento econômico, conservação ambiental, redução da pobreza e das desigualdades.
Conservação e recuperação de ecossistemas naturais
A economia da floresta em pé é baseada no uso sustentável da biodiversidade, em evitar desmatamento e também na fixação de carbono nas árvores e no próprio solo. A agricultura regenerativa e a recuperação de áreas florestais são medidas para evitar a ampliação do desgaste ambiental que está levando ao aquecimento global.
Além disso, para evitar a desflorestação, é necessário desenvolver uma mudança de mentalidade para uma gestão sustentável dos recursos naturais, mas também viabilizar que a receita proporcionada por créditos de carbono torne-se igualmente ou mais vantajosa do que a proporcionada por indústrias que geram o desmatamento, como a produção agrícola, a pecuária, o mercado imobiliário, entre outras.
Mercado de créditos de carbono
Uma iniciativa global de grande importância para impulsionar os países rumo a uma economia de baixo carbono foi o Acordo de Paris, firmado em 2015 durante a 21ª Conferência das Partes (COP 21) da UNFCCC. Por meio dele, lideranças mundiais se comprometeram com a meta de baixar as emissões de GEE, com objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2 °C, comparada à temperatura média da era pré-industrial.
Isto oportunizou o surgimento de um mercado de créditos de carbono de impacto transnacional. A devida precificação do carbono e a adoção de um mercado baseado em um sistema no qual países e empresas (com volume de emissões dentro dos limites estabelecidos) podem comercializar o excedente para os que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera. Investimentos capazes de custear os processos com baixa pegada de carbono serão estimulados e; isso poderá torná-los além de economicamente viáveis, também mais lucrativos.
Tecnologias limpas e energia renovável
A transição energética é um passo fundamental para a redução da pegada de carbono, uma vez que um dos maiores responsáveis por emissões é o setor de geração e distribuição de energia.
Essa transição requer a expansão do uso de fontes renováveis, o que traz grande vantagem competitiva ao Brasil, que já tem mais de 60% de sua matriz energética baseada nas hidrelétricas e alta expertise na produção de biocombustíveis.
Também vale ressaltar as características naturais do Brasil, que proporcionam alto potencial para geração de energias de fonte eólica e solar – altamente disponíveis e renováveis.
O investimento em tecnologias limpas, que demandam menos energia e geram melhor aproveitamento de materiais, estímulo ao consumo racional de energia tanto por parte das indústrias, quanto dos cidadãos são iniciativas que representam desafios e oportunidades.
Valorização de resíduos e economia circular
Uma grande oportunidade de redução da pegada de carbono para diversas indústrias é o investimento na economia circular, que prioriza a reciclagem e o reaproveitamento de materiais por meio da valorização de resíduos.
Práticas como logística e manufatura reversas possibilitam reduzir a demanda por recursos naturais e outras matérias-primas, assim como a ocupação de áreas destinadas a aterros sanitários. De modo que, além de contribuir para a conservação dos ecossistemas, é possível obter vantagem econômica a partir de resíduos que antes eram considerados mercadologicamente sem valor. O desafio é acelerar a interlocução de setores industriais que aproveitem resíduos como matérias-primas e permitam o conceito de subproduto substituir resíduo.
Entre para a economia de baixa pegada de carbono
Todos esses processos, além de favorecerem a redução e a compensação das emissões de GEE, proporcionam novas oportunidades de emprego e renda, criando novos postos de trabalho na cadeia produtiva de baixo carbono.
Sua empresa também tem potencial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de adotar processos com baixa pegada de carbono. O importante é ter o parceiro com a expertise correta para auxiliar nesta jornada.
A Ambipar é uma multinacional brasileira que atua em duas frentes: Environmental e Response. O primeiro braço é focado em valorizar resíduos para os clientes, e o segundo é direcionado a soluções para emergências ambientais.
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