Por Equipe de Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2024
A COP 28 teve início em 30 de novembro do ano passado e durou 3 semanas, sendo sediada em Dubai, nos Emirados Árabes. Rafael Tello, head de Sustentabilidade do Grupo Ambipar e Embaixador do Movimento NET ZERO do Pacto Global, esteve presente na Conferência e explicou na reunião da Comissão de Sustentabilidade, que ocorreu no último dia 24, os acordos discutidos e o que eles impactam no mundo corporativo.
Primeiramente, Tello esclareceu que as COPs — significam Conferência das Partes, e essa foi a 28ª Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas), e teve por intenção o avanço de acordos entre todos os países, os quais se comprometem em manter uma agenda climática positiva. “Eles se reúnem, discutem, e assinam acordos e compromissos”, resumiu.
O especialista informou que existem duas zonas diferentes dentro da COP, a blue zone (zona azul), uma área onde se tenta avançar nas negociações das medidas de combate às mudanças climáticas, e também a green zone (zona verde), que é aberta ao público e é onde as pessoas podem ter contato com as ações de economia verde, tecnologias empresariais para sustentabilidade e programas governamentais em prol do clima. Inclusive, é nesta zona onde as empresas montam seus estandes para demonstrarem suas boas práticas.
Veículo elétrico Durante a reunião, os participantes levantaram a questão se os veículos elétricos são uma opção viável para um transporte mais sustentável no Brasil. Ao passo que, muitos deles consideraram que o biocombustível seja a melhor alternativa, já que os elétricos têm limitação em relação à infraestrutura.
“Por conta das questões tecnológicas, o elétrico ainda não é completamente viável, principalmente com relação aos veículos pesados, que se deslocam em longas distâncias e podem se deparar com a falta de locais para a recarga de baterias. Acredito que, a nossa linha de governo tende mais para biocombustível ou o gás natural”, ponderou Tello.
Ele ainda falou sobre mercados regulados de carbono e sobre compensação de emissões que as empresas podem fazer. “Importante acompanhar como está a cadeia produtiva. Embarcadores que quiserem neutralizar suas emissões na cadeia podem provocar vocês e é bom saber de onde pode vir a pressão. Se não der para reduzir, a outra opção é compensar”, disse.
A COP de 2025 será no Brasil Entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, o Brasil será a sede da COP 30, que acontecerá em Belém, no estado do Pará. “A delegação brasileira em Dubai contou com quase 3 mil pessoas. No Pará, acredito que esse número será bem superior. O governo deve estimular a participação, até porque o nosso País tem a oportunidade de ser uma boa vitrine e fazer um evento grandioso”, considerou o head de sustentabilidade, destacando a proximidade de Belém com a floresta amazônica.
“A lição que fica é que precisamos atuar ativamente, não apenas dentro do nosso próprio negócio, mas junto às montadoras e também aos governos. Temos na cadeia suprimentos a possibilidade de contar com o biometano e o biodiesel. Se houver incentivos para o transportador, sabemos que a demanda por esses combustíveis limpos pode ser aumentada. É por isso que estamos aqui buscando melhorias”, compartilhou por fim, Fernanda Veneziani, coordenadora da Comissão de Sustentabilidade do SETCESP.
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