Por Equipe de Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2022
Estudado desde os primeiros anos letivos, o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2) é essencial para a vida no planeta — de fato, toda a matéria é constituída por carbono. Mas quando o composto é liberado desenfreadamente na atmosfera pode causar danos irreversíveis e irreparáveis ao planeta.
Embora o CO2 represente apenas 400 ppm (partes por milhão, equivalente a 0,04%) da atmosfera, sua concentração é a mais alta dos últimos 3 milhões de anos. Portanto, além de limitar ou eliminar de vez a emissão de CO2 na atmosfera, cientistas e estudiosos da tecnologia se debruçam para criar aplicações que sejam capazes de captar o gás já emitido na atmosfera.
Uma das iniciativas mais tecnológicas da atualidade são as CCUS. Inspiradas pelo “sequestro” de dióxido de carbono feito pelas plantas, essas plataformas conseguem diminuir consideravelmente a emissão do composto na atmosfera. Entenda como elas funcionam:
A captura, utilização e armazenamento de carbono (Carbon Capture Utilization and Storage ou CCUS) é uma tecnologia para a diminuição de emissão de CO2 na atmosfera. Ela é capaz de capturar até 90% das emissões antes que cheguem à camada de ozônio, o que causa um enorme impacto positivo para o controle do aquecimento global.
A CCUS é um avanço da CCS (Carbon Capture and Storage ou Captura e armazenamento de carbono), tecnologia que utiliza combustíveis fósseis em centrais elétricas e outras indústrias para travar a emissão de CO2 na atmosfera. Enquanto o objetivo da CCS é armazenar esse carbono em formações geológicas em profundidade, a CCUS pretende reutilizar o material captado por novos materiais.
A principal CCUS existente não é, na realidade, uma tecnologia, e sim uma manifestação da natureza essencial para a vida: a árvore. Em sua fase de crescimento, a árvore precisa de muito carbono para se desenvolver e acaba “sequestrando” o elemento do ar. Estima-se que cada hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver de 150 a 200 toneladas de carbono. Outro cálculo afirma que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de CO2 ao longo de seus primeiros 20 anos. Mas com a alta do desmatamento, a poluição e o auge da concentração de carbono na atmosfera, há um descompasso entre o que florestas podem absorver e a quantidade de gás emitido.
A agricultura regenerativa é um método de recuperação, reintegração e manutenção de todo o sistema de produção alimentar — das comunidades rurais aos consumidores. Esse sistema leva em consideração os aspectos ecológicos, econômicos, éticos de e de igualdade social. Além disso, é uma forma de trabalhar CCUS naturais, pois promove a recuperação de solos (que capturam CO2) e árvores. Além disso, ela faz com que o carbono permaneça no solo, funcionando como um prolongador de fertilidade das áreas produtivas e florestais.
Além das árvores, os solos saudáveis também têm essa habilidade de “sequestrar” o carbono da atmosfera. Líder em gestão ambiental, a multinacional brasileira Ambipar tem um programa de agricultura regenerativa que promove a qualidade do solo, o reaproveitamento de matéria orgânica e o aumento de produtividade.
O constituinte desse programa é o condicionador de solo Ecosolo®, registrado no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e aprovado pelo IBD (Instituto Biodinâmico) e pela Ecocert.
Criado utilizando matérias-primas residuais orgânicas de indústrias, o Ecosolo® é capaz de melhorar a retenção de água e potencializar o desenvolvimento de microrganismos no solo. É produzido através de compostagem aeróbica industrial. Ele também melhora a estrutura e porosidade do solo, criando um ambiente propício às raízes das plantas, promovendo maior e acelerada nutrição vegetal em equilíbrio com o solo.
O principal impedimento para a popularização de CCUS é o financeiro. As tecnologias desenvolvidas não naturais são caras e, por enquanto, inviáveis em países em desenvolvimento. Segundo apontamento da Wood Mackenzie, havia apenas 60 instalações em todo o mundo no final de 2020.
Há projetos em andamento na Austrália, China, Coreia, Oriente Médio e Nova Zelândia, mas a maior parte das plataformas já prontas está nos EUA e na Europa. O velho continente, aliás, é dependente das CCUS para cumprir sua meta de diminuir as emissões em 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990.
Muitos especialistas não enxergam reais benefícios com a utilização da CCUS justamente pelo reuso, e não armazenamento, do dióxido de carbono.
Em janeiro de 2017, a companhia produtora de cal Schaefer Kalk ganhou um processo no Tribunal de Justiça Europeu, que decidiu que o CO2 transformado quimicamente pela CCUS é contabilizado como armazenado, e não emitido.
Essa decisão pode servir como precedente para outras solicitações que, no fim das contas, darão a ilusão de que houve captura de carbono onde não aconteceu. E se o armazenamento feito pela CCUS não for permanente, as emissões precisam ser registradas em algum lugar.
Por fim, a CCS, mas não a CCUS, é elegível para receber subsídios públicos na Holanda desde setembro de 2020, quando os holandeses expandiram seu esquema de apoio às energias renováveis para outras tecnologias de baixo carbono. A CCS também é considerada “verde” sob uma nova taxonomia de investimento verde da UE (coisa que a CCUS também não é).
A Ambipar está de olho na CCUS e criando inovações que utilizem essa linha de captura de carbono de uma maneira mais natural e realmente eficaz para o meio ambiente. Líder em gestão ambiental, a Ambipar é a parceira perfeita para fazer sua empresa sair do modo tradicional e aderir de vez a um jeito sustentável de agir e viver.
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