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Blog XP por Marcella Ungaretti, Head de Research ESG e Luiza Aguiar - 20/11/2023

Equipe redação

Por Equipe de Redação
Publicado em 22 de novembro de 2023

A Petrobras firma acordo com empresas europeias para acelerar o seu processo de transição energética;parte dos R$ 10 bilhões captados com o primeiro bônus soberano sustentável deverá financiar a eletrificação de frotas de ônibus e o reflorestamento de áreas degradadas.

Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos

• O mercado fechou a semana passada em território positivo, com o IBOV e o ISE registrando forte alta de +3,5% e +3,8%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira encerrou em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,10%) e o ISE recuando -0,79%.

• Do lado das empresas, (i) segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a petroleira firmou acordos com empresas da Noruega, Dinamarca e Holanda durante sua viagem a países nórdicos visando acelerar o seu processo de transição energética – os acordos vão proporcionar parcerias na área de óleo, gás e energia renovável; e (ii) a Ambipar Enviroment, empresa do grupo Ambipar focada em gestão de resíduos e economia circular, vai investir R$ 50 milhões para desenvolver a logística reversa do vidro nas cinco regiões do país – a companhia vai comprar caminhões e equipar mais cooperativas para ampliar, até 2032, o volume de cacos vendidos às fabricantes de embalagens de vidro para 400 mil toneladas por ano (vs. 130 mil hoje).

• Na política, parte dos R$ 10 bilhões captados com o primeiro bônus soberano sustentável emitido pelo Brasil na semana passada deverá financiar a eletrificação de frotas de ônibus de transporte urbano e o reflorestamento de áreas degradadas – além disso, o montante levantado no mercado internacional será usado para refinanciar outras dívidas externas do país, mas o governo se comprometeu a alocar valor equivalente em projetos considerados sustentáveis segundo o arcabouço de dívidas ESG desenvolvido pelo Tesouro Nacional.

Brasil – Empresas

Petrobras firma acordos com empresas da Noruega, Dinamarca e Holanda

“A Petrobras firmou acordos com empresas da Noruega, Dinamarca e Holanda, afirmou nesta sexta-feira (17) o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em postagem na rede social X (antigo Twitter). Segundo ele, que participa de missão a países nórdicos, os acordos vão proporcionar “importantes investimentos” para o país e “grandes avanços” no processo de transição energética da petroleira. “[Estamos participando de] muitas reuniões durante as viagens, aqui na Noruega e na Dinamarca, todas concentradas, principalmente, nas nossas parcerias na área de óleo e gás, com a Equinor e também na área de energia renovável”, disse Prates. A Petrobras possui 23 gigawatts (GW) em projetos de eólicas offshore cadastrados no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de outros 14,5 GW a serem desenvolvidos em parceria com a Equinor. Em setembro, a empresa assinou memorando de entendimento não vinculante com a TotalEnergies e com a Casa dos Ventos para avaliar projetos em energias renováveis no Brasil. O objetivo é estudar, de forma conjunta, oportunidades de negócios em eólica onshore (em terra), eólica offshore (no mar), solar e hidrogênio de baixo carbono no país.”

Fonte: Valor Econômico, 17/11/2023

Ambipar investe R$ 50 milhões para levar reciclagem do vidro para as cinco regiões do Brasil

Ambipar Enviroment, empresa do grupo Ambipar focada em gestão de resíduos e economia circular, vai investir R$ 50 milhões para desenvolver a logística reversa do vidro nas cinco regiões do país. Hoje, a companhia já tem parceria com cerca de 100 cooperativas para coleta e envio para a reciclagem, mas agora vai comprar caminhões e equipar outras cooperativas para ampliar de 130 mil para 400 mil toneladas por ano, até 2032, o volume de cacos vendidos às fabricantes de embalagens de vidro. “Só vamos melhorar as condições da coleta se melhorarmos os preços e, por sua vez a logística”, destaca Maíra Pereira, diretora executiva da Ambipar Environment. “A estrutura para reciclagem do vidro é a mais desafiadora, mas, depois de implementada, ela viabiliza a gestão de resíduos dos demais materiais”, adiciona. O vidro é o resíduo mais problemático na cadeia de reciclagem no Brasil por sua dificuldade de transporte, riscos em seu manuseio e baixo valor agregado na venda do material – hoje, um quilo de vidro coletado é vendido a cerca de R$ 0,12, ante R$ 7 da lata de alumínio. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), no Brasil, menos de 25% do vidro usado pela indústria e consumidores têm como destino a reciclagem. Por ano, são aproximadamente 1,3 milhões de toneladas do material colocadas no mercado nos mais variados formatos, que movimentam cerca de R$ 120 milhões. Mas, somente 300 mil toneladas não vão para os aterros e podem voltar à circulação em uma nova embalagem de vidro.”

Fonte: Valor Econômico, 17/11/2023

Diversidade racial é desafio para setor de TI

“A igualdade racial ainda é um objetivo longe de ser atingido no mercado de brasileiro de tecnologia, também considerado um dos setores que mais sofre de escassez de talentos. De acordo com pesquisa exclusiva obtida pelo Valor, entre os profissionais de TI, apenas 7% são pretos e 11% se consideram pardos. Já a dificuldade de recrutar currículos nesses dois grupos é relatada por 33% das lideranças. Os dados são de um estudo da LANDTech, empresa de recrutamento de profissionais de TI e digital do Talenses Group, em parceria com o hub de tecnologia IT Forum. O levantamento, que será apresentado na próxima semana, ouviu em outubro 437 profissionais de diversas áreas no país, sendo 28,8% do setor de TI e 55% em cargos de liderança (gerência ou superior). Do total, 22% trabalham no RH de firmas que atuam em mais de vinte segmentos, como tecnologia (17%) e serviços (16%).“Entre os gestores de RH que responderam se a área de TI é a mais desafiadora para contratar perfis diversos, a nota média alcançada foi 4, considerando 1 como pouco e 5 como muito desafiadora”, detalha Paulo Moraes, diretor-geral da LANDtech e cofundador do Talenses Group. “É um dado que ressalta como há pouquíssimos representantes de grupos minorizados nesse mercado.” Dos 126 profissionais de TI ouvidos, 75% são brancos, antes de pardos (11%) e pretos (7%). As mulheres representam 17% da amostra, enquanto pessoas com deficiência (PCDs) marcaram 6%. O estudo não aferiu índices de diversidade entre funcionários de outras áreas.”

Fonte: Valor Econômico, 19/11/2023

Mais conselheiros negros para diversidade de empresas e mercado

“Para aqueles que não acreditavam que o ambiente corporativo pudesse ser bem-sucedido no debate e produção de mecanismos para enfrentamento e combate do racismo e da discriminação racial, assim como na construção de politicas afirmativas inteligentes e assertivas para promoção da inclusão, fortalecimento e valorização da diversidade racial no espaço empresarial, o resultado das ações dos últimos anos e importantes ações e medidas inéditas, pioneiras e positivas da atualidade, demonstram à exaustão, o quanto a crença continua sendo um argumento poderoso para estimular e fomentar ideias e quanto o compromisso e o comprometimento têm capacidade de estruturar, encaminhar e produzir ações criadoras e criativas de mudanças e transformações, mesmo onde a realidade naturalizada parece ser um destino manifesto. Para um país que até os dias atuais nega o racismo e desacredita na sua capacidade de inferiorizar, discriminar e cercear o acesso igualitário e democrático às oportunidades pela raça e cor da pele, e para um pensamento corporativo que entende a legitimidade e obrigação da corporação tão somente na realização do lucro aos investidores, pagamento de impostos e garantida do mérito como finalidade e responsabilidade únicas, o conjunto dessas mudanças além de indicar seu equívoco e a impropriedade de não tratar e interpretá-la adequadamente, evidencia da mesma forma o risco de ser ultrapassado e ficar para trás diante dessa nova realidade que veio para ficar.”

Fonte: Valor Econômico, 19/11/2023

Política

Bônus soberano ESG vai financiar ônibus elétrico e reflorestamento

“Parte dos R$ 10 bilhões captados com o primeiro bônus soberano sustentável emitido pelo Brasil na semana passada deverá financiar duas frentes de negócios verdes: a eletrificação de frotas de ônibus de transporte urbano e o reflorestamento de áreas degradadas. Os US$ 2 bilhões levantados no mercado internacional serão usados para refinanciar outras dívidas externas do país, mas o governo se comprometeu a alocar valor equivalente em projetos considerados sustentáveis segundo o arcabouço de dívidas ESG desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em cooperação com o Banco Mundial, o BID e com apoio técnico da consultoria Nint. O governo tem 24 meses para alocar os recursos e terá de prestar contas disso anualmente aos investidores, mas até agora não havia especificado como o dinheiro será empregado. Embora tenha começado a ser gestada no governo Bolsonaro, a captação foi incorporada ao Plano de Transição Ecológica do governo Lula. A ideia é que esta tenha sido apenas a primeira operação e que a cada ano saia uma nova emissão de dívida sustentável soberana. Segundo apurou o Reset, a primeira destinação que o Ministério da Fazenda estuda é o Fundo Clima, gerido pelo BNDES. A partir daí, o banco de desenvolvimento usaria o dinheiro como funding para linhas de financiamento verdes. “Como governo, conseguimos captar a uma taxa menor, em dólar, e usar o hedge natural das reservas cambiais do país para disponibilizar recursos para o setor privado a uma taxa melhor, com menor risco, por meio do BNDES”, diz um integrante da equipe econômica.”

Fonte: Capital Reset, 20/11/2023

BC amplia volume de títulos ‘verdes’ nas reservas internacionais

“O Banco Central (BC) brasileiro tem aumentado o volume de títulos “verdes” nas reservas internacionais, em meio a um maior foco dos governos e dos bancos centrais do mundo todo na agenda ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês). É o que mostra o relatório de “Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos”, divulgado pela autoridade monetária no mês passado. O documento, de periodicidade anual, traz as ações da instituição na agenda da sustentabilidade. Segundo os dados do BC, a exposição a títulos verdes, sustentáveis ou sociais nas reservas internacionais estava na ordem de US$ 2 bilhões em dezembro de 2022, o dado disponível mais recente. A maior parte (53,8%) era de ativos emitidos por agências governamentais, seguidos de órgãos supranacionais (29,3%) e de governos centrais (16,7%). Apesar de os títulos verdes representarem ainda 0,62% da carteira total de reservas internacionais, o volume aplicado vem crescendo ao longo dos últimos dois anos. De 2016 a 2020, os títulos com rótulo sustentável não chegavam nem a US$ 200 milhões no total das reservas. Em 2021, a exposição a esses papéis saltou para US$ 1,623 bilhão. Segundo o relatório, a autoridade monetária brasileira começou a ter títulos verdes na sua carteira em 2016, mas somente em 2021 definiu-se pela alocação estratégica desses ativos, o que explica o crescimento recente. Também mais recentemente, a carteira passou a contar com ativos classificados como sustentáveis ou sociais, outra característica da agenda ESG.”

Fonte: Valor Econômico, 20/11/2023

Indústria brasileira de base florestal divulga série de recordes em reunião com Haddad

“A indústria brasileira de base florestal acumulou uma série de recordes em 2022, entre os quais o de produção, receita, exportação e geração de energia. Informações constam do mais recente relatório anual da Indústria Brasileira de Árvores (Iba), que reúne produtores de celulose e papel, painéis de madeira e outros segmentos relacionados. Produzido pela primeira vez em parceria com a consultoria ESG Tech, o documento aponta que o setor que planta árvores para fins industriais teve receita de R$ 260 bilhões no ano passado, um crescimento de 6,3% sobre 2021. O documento foi divulgado nessa sexta-feira (17), durante reunião, na sede da associação, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No encontro, o ministro exaltou a “economia verde” e a importância do setor de base florestal para seu plano de transformação ecológica. De acordo com o presidente da Ibá, Paulo Hartung, o setor conseguiu demonstrar sua real magnitude no encontro com Haddad. “O ministro teve uma imersão no setor e o setor, na visão do ministro”, disse. Durante a reunião, que contou com a participação do conselho da Ibá, Haddad abordou desde questões de política doméstica, como a pouca coordenação entre os diferentes poderes, desafios fiscais e câmbio, até o protagonismo que o Brasil assume em questões globais, como uma nova globalização sustentável, a partir da presidência brasileira do G20.”

Fonte: Valor Econômico, 17/11/2023

Governo Lula trabalha em mecanismo global de proteção às florestas para levar à COP 28

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve levar à conferência climática de Dubai, em dezembro, um plano de governança global de florestas. A ideia é que os países florestais possam ter recursos para preservá-las. “Existem muitos países que não têm recursos para combater o desmatamento”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à imprensa depois de um encontro em São Paulo com movimentos sociais e organizações ambientais. Haddad elogiava o desempenho do Ministério do Meio Ambiente que conseguiu reduzir em 22% o desmatamento da Amazônia de 1° de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023, segundo o sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgado há uma semana. A pasta comandada por Marina Silva conseguiu reverter a alta dos últimos meses do governo Bolsonaro e ainda obter um número positivo. O instrumento global de financiamento a floresta tropicais que Lula deve levar à Dubai poderia englobar 80 países. Foi desenhado pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com as pastas da Fazenda e das Relações Exteriores. “Esse fundo previsto pela ministra Marina Silva contempla isso: financiamento do mundo rico em relação aos muitos países que têm florestas a preservar, a maior parte dos quais, países pobres.” O presidente Lula deve levar a proposta à Dubai em articulação com os países florestais. A iniciativa não faz parte do processo de negociação da COP 28. Também não se relaciona a créditos de carbono. Será, contudo, mais uma sinalização de que os países florestais estão se organizando como um grupo dentro das negociações ambientais globais.”

Fonte: Valor Econômico, 18/11/2023

Internacional – Empresas

Empresas japonesas e Petronas da Malásia estabelecerão armazenamento de CO2 até o final de 2028

“As empresas japonesas concordaram em desenvolver um projeto de captura e armazenamento de carbono (CCS) com energia da Malásia empresa Petronas que deve começar a realizar seu primeiro dióxido de carbono (CO2) emissões do final de 2028, Japan Petroleum Exploration Co disse na segunda-feira. O Japão planeja ser neutro em carbono até 2050 e está ativamente desenvolvimento de fontes de energia renováveis ​​e alternativas a partir de hidrogênio e amônia para energia solar e eólica, com CCS a tecnologia também desempenha um papel importante em sua estratégia. A Japan Petroleum Exploration Co (JAPEX) (1662.T) está desenvolvendo o projeto CCS com JGC Holdings Corp (1963.T) e Kawasaki Kisen Kaisha, ou K Line (9107.T), bem como controladas pelo estado Petronas. As empresas planejam iniciar o projeto de engenharia front-end no próximo ano com o objetivo de injetar e armazenar CO2 do Japão e da Malásia em campos esgotados de petróleo e gás ao largo da costa da Malásia, o declaração disse. A JAPEX não forneceu uma estimativa de custos, mas disse que pelo menos 2 milhões de toneladas métricas de CO2 por ano serão injetadas no começar, aumentando para 5 milhões de toneladas anuais até o final desta década e para mais de 10 milhões de toneladas no início de 2030.”

Fonte: Reuters, 20/11/2023

Política

Vinte países pedem à UE que se prepare para os riscos para a saúde das alterações climáticas

“Uma grande maioria dos europeus Os países da União querem uma ação mais forte da UE para se prepararem para a crise da saúde consequências das alterações climáticas e do potencial do aquecimento global para espalhar doenças transmitidas por vetores, um documento visto pela Reuters mostrou. A Europa está a sofrer graves impactos na saúde como resultado da mudança climática. Estima-se que cerca de 61.000 pessoas tenham morreu em ondas de calor sufocantes na Europa no verão passado, sugerindo os esforços dos países em matéria de preparação para o calor estão aquém do esperado. Num documento conjunto, 20 dos 27 países membros da UE, incluindo Croácia, Alemanha, Grécia, Malta e Países Baixos apelaram a UE a aumentar a sua vigilância das ameaças à saúde e sistemas de saúde colocados por condições meteorológicas extremas, para ajudar os países preparar. A UE deveria também elaborar planos para infecções de espécies zoonóticas e doenças transmitidas por vetores sensíveis ao clima e reforçar a sua sistema de alerta e resposta caso vetores disseminadores de doenças sejam detectado, disseram os países. “A menos que sejam tomadas medidas proativas, é uma questão de tempo até que certas doenças infecciosas evitáveis, que são actualmente mais predominante em outras regiões, tornam-se cada vez mais comuns ocorrências dentro da UE”, disse o jornal. Foi também apoiado pela Áustria, Bélgica, Chipre, República Checa República, Dinamarca, Estónia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Portugal, Roménia e Eslovénia.”

Fonte: Reuters, 17/11/2023

Emirados Árabes inaugura uma das maiores usinas solares do mundo

“Os Emirados Árabes Unidos, que em duas semanas sediarão a cúpula climática da ONU, inauguraram nesta quinta-feira (16) uma das maiores usinas de energia solar do mundo. O país petroleiro se comprometeu em julho a triplicar a capacidade de suas energias renováveis nos próximos anos, ao mesmo tempo em que planeja aumentar sua produção de petróleo de três milhões para cinco milhões de barris diários até 2027. Localizado no deserto, 30 km ao sul da capital Abu Dhabi, o projeto Al Dhafra é 60% controlado por duas empresas públicas dos Emirados Árabes, TAQA e Masdar, enquanto os 40% restantes pertencem à chinesa Jinko Power Technology e à francesa EDF. Suas placas fotovoltaicas cobrem uma área de 21 km² e têm capacidade para gerar 2 gigawatts e alimentar 160 mil residências, de acordo com os responsáveis pelo projeto. Bruno Bensasson, responsável pela filial de energias renováveis da EDF, afirmou à AFP que o projeto “permitirá evitar a emissão de cerca de 2 milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano”. Os Emirados Árabes Unidos se comprometeram a atingir a neutralidade de carbono até 2050, mas considerando apenas as emissões nacionais e excluindo o impacto dos hidrocarbonetos exportados. A iniciativa Climate Action Tracker considera essas ambições “insuficientes” e critica o país do Golfo por sua intenção de aumentar a produção de combustíveis fósseis. Dubai sediará entre 30 de novembro a 12 de dezembro a COP28, conferência da ONU sobre o clima.”

Fonte: Exame, 17/11/2023

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.

(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.

(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.

(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.

A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).

O Índice MSCI ACWI , que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.

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