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Ocorrências com produtos perigosos são complexas e exigem respostas rápidas para minimizar impactos ambientais

Equipe redação

Por Equipe de Redação
Publicado em 11 de março de 2021

Quando os produtos perigosos vazam de tanques, carretas ou outros tipos de equipamentos, é hora de acionar uma equipe de resposta especializada. As ocorrências são complexas e exigem que os profissionais resolvam o problema rapidamente. As emergências ambientais ocorrem a partir do derramamento ou vazamento de diversos tipos de produtos que causem alteração das características naturais do ambiente, sejam eles perigosos ou não. Mas por que classificamos dessa forma?

As emergências ambientais são aquelas que causam qualquer tipo de impacto negativo no meio ambiente. Podem ocorrer nos modais ferroviário, industrial, aeroportuário, rodoviário, marítimo, fluvial ou dutoviário.

Ferroviário:

O modal ferroviário traz complexidade diferenciada para o atendimento emergencial devido a dificuldade de acesso por vias rodoviárias em diversos trechos. Dessa forma, os atendimentos das equipes especializadas podem ser feitos de forma programada, como por exemplo a limpeza técnica em áreas com produtos confinados ou em acidentes com pequenos vazamentos, e em situações emergenciais que demandem a retirada do produto de forma rápida para que sejam minimizados os impactos sobre o meio ambiente e retomada a circulação das composições ferroviárias.

Industrial:

Em grandes indústrias é comum a armazenagem, o manuseio e o carregamento/descarregamento de produtos químicos, já que, muitas vezes, eles podem ser utilizados no processo produtivo ou como forma de abastecer equipamentos. Líquidos inflamáveis, combustíveis e corrosivos, assim como gases inflamáveis e tóxicos, são muito comuns nesses locais e um simples acidente pode acarretar em explosões ou inícios de incêndios nas fábricas. É preciso ter um programa de plano de ação de emergência para definir respostas rápidas em casos de acidente.

Aeroportuário:

Os aeroportos também podem precisar de atendimento emergencial, já que há possibilidades de ocorrer vazamento de produtos no compartimento de cargas da aeronave. Além disso, esses locais costumam ter galpões de armazenamento de produtos que estão sendo importados ou exportados. Eventualmente, essas substâncias são capazes de causar explosões ou contaminações.

Um procedimento muito comum nos aeroportos é o abastecimento das aeronaves. Caso haja algum tipo de vazamento ou derrame do produto, equipes de atendimento emergencial precisam ser acionadas para dar resposta rápida à ocorrência e garantir a segurança das pessoas no local. Essa ação pode evitar acidentes maiores, como incêndios ou explosões.

Rodoviário

Os tipos de emergências mais comuns no Brasil são as rodoviárias. Nosso maior fluxo de transporte de produtos está nas rodovias brasileiras. Em outros países, há o costume de fazer a distribuição de mercadorias através de ferrovias ou, em alguns casos, por meio fluvial. Contudo, no Brasil, as mercadorias chegam até lojas, comércios e supermercados através do transporte rodoviário.

As emergências ambientais mais comuns são acidentes com cargas de produtos químicos ou combustíveis. Nesses casos, uma equipe de resposta a emergências precisa ser acionada para fazer a contenção do vazamento, limpeza do local e mitigação dos impactos ambientais, evitando contaminações de solo, água e ar.

Marítimo e fluvial

Os portos marítimos possuem diversos galpões para armazenamento de produtos, sejam eles perigosos ou não. Se, ocasionalmente, uma substância se misturar com outra, há possibilidade de causar acidentes graves. De toda forma, é preciso ter uma equipe de resposta a emergência de prontidão, caso ocorra algum tipo de problema. Além dos galpões, é possível ter derramamento de óleo no mar ou rios. Nesses casos, os profissionais do atendimento emergencial utilizam produtos absorventes para fazer a limpeza e minimizar os impactos ambientais.

As equipes precisam ser especializadas em manuseio de produtos químicos e ter treinamentos em Hazmat com certificações internacionais, além de seguir as diretrizes do Conama 398.

Dutoviário:

Esse tipo de acidente acontece por conta das características do produto e a alta pressão que circulam nas linhas de transmissão dos dutos, gerando desgaste, rachaduras, roubo, perfurações e problemas operacionais. É preciso ter equipe de resposta a emergência para garantir que a ocorrência seja atendida de forma rápida e eficiente.

Esses tipos de ocorrência podem acarretar em três formas de contaminação:

  1. Contaminação do ar

Nas emergências ambientais, normalmente estão envolvidos alguns produtos químicos perigosos. Alguns deles, são invisíveis a olho nu e podem se espalhar pelo ar, intoxicando pessoas que estiverem no local e causando consequências como doenças respiratórias ou outros problemas de saúde.

2. Contaminação da água

Em um acidente com carretas que transportam combustível, por exemplo, o produto pode vazar do tanque por conta do impacto. Se houver um rio próximo à ocorrência, a tendência é a contaminação da água. Isso pode gerar impactos sociais, caso uma comunidade próxima seja abastecida por esse rio. De qualquer forma, mesmo sem a presença de corpos hídricos no local, os produtos vazados podem penetrar no lençol freático e contaminar a água.

3. Contaminação do solo

Em qualquer tipo de acidente em que o produto químico tem contato com o solo, seja uma estrada ou local de mata, existe a contaminação. É preciso utilizar tecnicas de remediação para limpar a área e mitigar os impactos ambientais naquela região, pois podem prejudicar fauna e flora.

O passo a passo do atendimento emergencial

Responder emergências não é uma tarefa fácil. É preciso que os profissionais sejam totalmente treinados e que a empresa tenha grande experiência no mercado para elaborar protocolos próprios que definem o passo a passo de um bom atendimento emergencial. Separamos algumas dicas de como responder emergências ambientais de forma eficiente.

  1. Central de Emergência

A equipe da central de emergências recebe a comunicação do acidente e precisa identificar o cenário através de especialistas. O objetivo é entender qual é o tipo de ocorrência e coletar o máximo de informações possíveis. Os profissionais de resposta a emergência são acionados para se deslocarem até o local do acidente. Enquanto estão no caminho, a central continua solicitando informações para definir a estrutura de resposta mais adequada.

2. A equipe no local da emergência

Ao chegar na ocorrência, os profissionais fazem uma nova avaliação do cenário para definir o posicionamento das viaturas e equipe. Para isso, é levado em consideração, entre outros aspectos, a declividade, direção do vento e a distância segura do acidente, de acordo com o produto químico envolvido.

Perceber a direção do vento é de extrema importância para proteger a equipe de resposta, pois, em caso de presença de produtos químicos gasosos, é necessário posicionar-se à montante do vento, a fim de evitar que a substância atinja a equipe.

Depois disso, é definido o planejamento de resposta a emergência, marcando a localização da zona quente, morna e fria. Mas você sabe o que significa isso?

Zona quente

É área em que o produto vazado ou derramado está presente e o acesso é restrito às equipes de emergência.

Zona Morna

Nessa área é instalado um Corredor de Redução de Contaminação (CRC), que estabelece a transição entre a zona quente e zona fria.

Zona Fria

Na zona fria fica instalado todo o local de apoio da operação junto com o posto de comando.

Todo o planejamento de resposta da ocorrência é definido juntamente com as autoridades públicas que participam do atendimento e, eventualmente, um representante da empresa ou instituição causadora do acidente.

3. Definição de protocolos do operador, equipamentos e materiais necessários

As equipes começam, então, a preparar os protocolos de segurança dos operadores, observando o grau de risco causado pelo produto químico para definir quais Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) serão utilizados na emergência. Além disso, a operação decide quais são os equipamentos e materiais necessários ao atendimento para, então, iniciar o processo de resposta.

4. Gerenciamento de resíduos

Ao final do atendimento de algumas emergências, é possível que haja necessidade de fazer o gerenciamento dos resíduos gerados. É preciso coletá-los e disponibilizar equipamentos para o transporte até uma empresa especializada em gestão de resíduos. Depois, é necessário emitir os documentos obrigatórios e certificado de destinação final de resíduos.

Equipamentos de Proteção Individual

Os tipos de EPI utilizados também são muito importantes para os atendimentos emergenciais. Existem os equipamentos de proteção dérmica, respiratória e cada um deles tem níveis de segurança.

Nível A

É o tipo mais completo, em que o profissional está livre de contato com qualquer interferência externa da roupa. É utilizado em emergências com produtos, geralmente, mais tóxicos e que causam a emissão de gases perigosos. O cilindro de oxigênio precisa ser colocado na parte interna da roupa e instalar o Equipamento de Proteção Respiratória (EPR).

Nível B
É um traje semi-encapsulado, no qual o cilindro de ar respirável pode estar na parte externa da roupa.

Nível C

É o tipo de vestimenta com proteção química, utilizado juntamente de máscaras com filtros para respiração. Esse tipo de EPI é usado nos serviços de desinfecção de ambientes contra o Covid-19, por exemplo.

Nível D

É a roupa de trabalho que obedece às normas de segurança, como uniforme, sapatos de segurança e capacetes. Esse tipo de EPI é utilizado no cotidiano e em situações de baixo risco.

Dificuldades do atendimento emergencial

As ocorrências com produtos químicos, sejam eles perigosos ou não, são sempre muito complexas, já que os profissionais precisam identificar quais são as substâncias presentes e agir de forma rápida para minimizar ou evitar os impactos ambientais. Uma das dificuldades das emergências ocorre quando os produtos químicos são invisíveis a olho nu e não possuem odor.

Nesses casos, a equipe precisa utilizar equipamentos que medem a concentração de gases no ar. Contudo, quando há mais de um tipo de produto químico, eles podem se misturar e devido a sua incompatibilidade química podem causar reações, gerando novos produtos com característivcas físicas, químicas e toxicológicas diferentes dos produtos envolvidos.

Outra dificuldade é obter informações precisas sobre o acidente e a posição do equipamento causador do problema. Em alguns casos, encontram-se no fundo de riachos ou locais que complicam a retirada e atendimento da emergência.

Responder emergências ambientais é uma tarefa complexa que passa por diversos profissionais e exige protocolos de ação, além do cumprimento de normas técnicas e internacionais como a NFPA 472 e ABNT 14064.

A prevenção é sempre a melhor resposta

É extremamente recomendado  que, as empresas que estão sujeitas às emergências ambientais, tenham sempre um Plano de Ação Emergencial (PAE). Ele fornece um conjunto de diretrizes, informações e dados para adotar procedimentos estratégicos caso ocorra um acidente. Isso faz com que as equipes operacionais tenham mais agilidade na resposta, podendo atuar com mais qualidade e baseadas em protocolos definidos.

Esse tipo de documento analisa as instalações da empresa e prevê os possíveis acidentes que podem, eventualmente, acontecer. Assim, há como definir as ações de atendimento a emergência, reduzindo os impactos ambientais e o tempo de resposta.

Os fatores considerados em emergências

Para responder emergências de forma eficiente, há uma série de normas, atividades, protocolos de segurança, ações estratégicas e cuidados que precisam ser levados em conta. Por isso, é essencial que todo atendimento seja feito por profissionais especialistas, altamente capacitados e treinados. Dessa forma, é possível diminuir os impactos socioambientais e preservar o mundo para as futuras gerações.

A Ambipar é especialista em gerenciamento de crises que envolvem a saúde, o patrimônio e o meio ambiente. Com mais de 150 bases estrategicamente localizadas em todo o mundo, garante respostas rápidas e eficientes às emergências em todos os modais. Atuamos na América do Sul, América do Norte, Europa, África e Antártida. Nossos profissionais são totalmente treinados e especializados em atendimento emergencial com produtos químicos perigosos. Utilizamos os mais diversos equipamentos tecnológicos e produtos absorventes desenvolvidos para mitigar os impactos ambientais causados pelas ocorrências.

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